POV: LAUREN
Vazio.
Era a única palavra que definia o que eu sentia desde que levaram minha filha. Um buraco dentro de mim, frio, escuro, sufocante. Nada preenchia. Nada acalmava.
Não conseguia reagir. Não queria ver ninguém. Nem Theodor, nem Henry.
Principalmente Henry.
Porque olhar para ele era como encarar o reflexo da minha falha. E doía.
Doía tanto que meu corpo tremia só de pensar.
Como eu pude deixá-la ser levada?
Como permiti que arrancassem minha bebê dos meus braços?
Falhei.
Como mulher.
Como mãe.
Mesmo assim, Henry vinha todos os dias. Mesmo com os meus protestos, meus gritos, minha raiva e as palavras que joguei contra ele para afastá-lo... ele não recuava.
Ele se deitava ao meu lado. Em silêncio.
Simplesmente...