Mais tarde naquela noite, Nicolas subiu até o escritório. A lareira ainda ardia, lançando sombras dançantes pelas paredes de madeira escura. O som do vento batendo nas janelas trazia uma calma quase fúnebre.
Helena estava ali, sentada à mesa, analisando uma pilha de documentos. O abajur iluminava seu rosto sério e concentrado. Quando ouviu os passos do irmão, ela levantou os olhos.
— Estava te esperando — disse, fechando uma pasta.
Nicolas se aproximou e serviu-se de um copo de whisky, sem dizer palavra por alguns segundos. Depois, virou-se para ela:
— E então? Conseguiu alguma coisa sobre o tal primo das meninas?
Helena soltou o ar devagar, cruzando as mãos sobre os papéis.
— Consegui, sim. E não vai gostar do que descobri.
— Já imaginei — murmurou ele, recostando-se na escrivaninha. — Fale.
— Phillip Collins. — disse o nome com calma, mas a expressão revelava o peso das palavras. — Advogado renomado em Massach