O som do portão metálico ecoou pelo galpão isolado, rompendo o silêncio carregado de tensão. O chão de concreto refletia a luz fria das lâmpadas suspensas. Lá estava Phillip Collins — algemado, ferido, o olhar arrogante tentando disfarçar o medo que latejava sob a pele.
Dante entrou acompanhado de dois homens. O terno negro contrastava com o ambiente sujo e úmido. Ele caminhou devagar, o som firme dos sapatos denunciando o peso da autoridade. O ar cheirava a ferrugem e vingança.
Phillip levantou o rosto, tentando manter a pose.
— O que você quer, Dante? — perguntou com voz rouca. — Isso não é da sua conta.
Dante sorriu de leve, aquele sorriso frio que antecede uma sentença.
— Ele ainda tem coragem... — murmurou, aproximando-se. — Você não sabe o quanto admiro essa audácia, Collins. Mas coragem sem sabedoria sempre termina do mesmo jeito.
O homem acorrentado cerrou os punhos. — Você não tem nada a ver com isso.
— Tenho, s