Aurora
— Sua mãe não precisava ter ido falar com ele. Eu já tinha resolvido.
Terminei de colocar a comida em nossos pratos. Parecia boa, mas, mesmo que não estivesse, minha fome me faria comer qualquer coisa.
— Ela achou necessário. Ainda levou comida para ele.
— Não tenho dúvidas de que ele vai gostar da visita, mas não se preocupem com isso. Com Rubens eu me entendo.
— Mamãe sempre foi muito protetora. Ela não vai parar até que sinta que estou em segurança. — Coloquei nossos pratos em cima da mesa e me sentei na sua frente.
— Tudo bem. Ela está em seu direito. Mas ninguém consegue controlar tudo, Aurora.
— Eu sei, acho que não existe outra pessoa no mundo que não tenha sentido na pele como eu.
Sorri tentando dispersar um pequeno clima de tensão e me concentrei na comida. Estava muito boa e realmente tinha fome.
— Você vai trabalhar hoje? — perguntei na esperança que ele dissesse não.
— Sim, não posso faltar mais.
— Desculpe por isso.
— Está se desculpando por quê?
— Eu estou atrap