Capítulo 11
Fênix Souza
Tudo pronto. Sentei-me à mesa de estudos com o velho livro de capa de couro entre as mãos. O cheiro do tempo impregnava as páginas amareladas, e a textura áspera me lembrava de algo sagrado, como se cada linha tivesse sido escrita com sangue e fogo. Depois de tantas noites em claro, finalmente encontrei a receita dos ingredientes do elixir. Mas agora surgia um novo dilema: como iria conseguir tudo aquilo?
A ponta dos meus dedos percorreu o desenho da última página, onde estavam escritos os nomes dos elementos. Eu achava que a Planta da Lua seria o maior desafio, mas me enganei. O último ingrediente era ainda mais raro: flores de cerejeiras-coração.
Onde, em nome dos Deuses, eu encontraria algo assim aqui na floresta?
Fechei os olhos e tentei me lembrar. Eu já tinha visto uma imagem dessas flores em uma fotografia antiga que meus pais guardavam, mas não recordava de onde ela havia sido tirada. Era apenas uma lembrança vaga, quase como um sonho. Talvez o se