descoberta triste e feliz.
🌿 Capítulo 19
Fênix Souza
Ela ainda chorava. Seus olhos vermelhos e a respiração entrecortada me deixavam inquieta. Continuava a me chamar de “minha Fênix”, e aquilo me confundia. Tentei perguntar o que ela queria dizer com isso, mas percebi que, naquele estado, ela não conseguiria responder. Então, deixei-a aos cuidados de José e João e corri para a cozinha.
Preparei um chá de maracujá com mel — minha receita para acalmar corações aflitos. Quando voltei, ela já chorava menos. Sentei ao seu lado, entreguei a xícara e esperei em silêncio enquanto ela tomava cada gole com as mãos trêmulas.
Assim que terminou, me olhou com uma ternura que me desarmou. Havia algo naquele olhar... algo familiar, mas distante. Antes que eu pudesse perguntar, ela falou:
— Você não me reconhece, filha? Sou eu... Amélia. Sua mãe.
— O quê? Mamãe? Mas... como isso é possível?
Fiquei paralisada. A mulher diante de mim, que até então era uma estranha, dizia ser minha mãe. A mesma que eu acreditava ter perdido há