Aurora Demetriou
Minha mente trabalhava rápido. Eu precisava fazer alguma coisa, não podia ficar parada esperando Matteo chegar. Minhas pernas estavam presas, mas não completamente imóveis. Eu sentia a faca presa ao lado da minha coxa, oculta sob os destroços do vestido.
Um dos sequestradores, um homem baixo, de rosto sujo e olhos cruéis, se aproximou de mim, com um sorriso satisfeito nos lábios.
— Já cansou de se debater, princesa?
Não respondi. Esperei pelo momento certo.
E ele veio.
Assim que ele se abaixou para me encarar, inclinei o corpo para a frente, roçando o ombro no tecido esfarrapado do vestido e deslizando a lâmina solta para minha mão, cortei as amarras que me prendiam na cadeira e num único movimento rápido e preciso, enfiei a lâmina no peito dele.
Seus olhos arregalaram. Ele tentou falar, mas só conseguiu expelir um jorro de sangue pela boca. Eu o empurrei, deixando seu corpo tombar no chão.
— Filha da puta! — o segundo sequestrador se aproximou furioso.
Antes que eu