CAPÍTULO 49. DANIELLA E BRUNO.
Humberto ficou deitado por um tempo, no matagal. Conseguiu desamarrar as mãos com certa facilidade. Retirou o capuz da cabeça.
- Som de carros. Tem uma estrada aqui perto.
Tirou as cordas dos pés.
Andou até a rodovia. Os carros e caminhões em alta velocidade. Andou pelo acostamento. Uma placa indicava a proximidade da capital. Estendeu o braço, pedindo carona. Ninguém parou.
- Só em filmes dão carona.
Disse a si mesmo, desolado. Estava com fome e sede. Avistou uma funilaria, ainda aberta.
- Boa noite, moço. Fui sequestrado.
Ele caiu de fraqueza. O dono e os dois funcionários correram até ele. Humberto voltou a si, minutos depois. Tomou água devagar. Deram-lhe maçã e três bombons. Tudo que tinham.
- Sou Humberto. Preciso fazer uma ligação.
O dono da oficina lhe ofereceu o celular.
- Pode ligar, moço.
- Muito obrigado. Vou ligar para uma amiga.
Na tela do celular, vinte e uma horas.
- Renata?
- Oi. De quem é esse número? Essa voz. Humberto?
- Sou eu. Fui sequest