CAPÍTULO 43. BIANCA VOLTA PRA CASA.
A caravana de natal de Daniella seguiu para Paraisópolis. Stefany, no carro de Jheniffer, acessou a internet.
- Que está fazendo?
- Procurando uma ONG ou associação de moradores de Paraisópolis. Não podemos chegar assim, de sopetão. Temos que ter amparo e ajuda na distribuição dos brindes.
- Tem toda razão, Stefany. Podemos causar tumulto e até brigas pelas cestas. Por isso eu te amo, você pensa em tudo.
- Tenho certa experiência. Meu pai tinha o sonho de se vestir de papai Noel. Juntou dinheiro por dois anos. Comprou balas, brinquedos e alugou a roupa vermelha do bom velhinho. Fomos a uma região carente. Três carros e uns vinte parentes ajudando.
- Os duendes?
- Isso. Amiga, tinha muita bala e pirulito. Sacolas pesadas. Caixas com muitas bolas e bonecas. As ruas estavam vazias, nenhuma alma viva. Um deserto mas quando papai saiu do fusquinha, com a barba e a roupa vermelha. Meu Deus.
- Já imagino.
- Menina, não sei de onde saiu tanta gente. Dezenas de mulheres com crianças de