(NARRATIVA DE DWAYNE)
Ela hesitou, e por um momento, temi que fosse me repreender, mas, por fim, assentiu em concordância.
Soltei um suspiro discreto de alívio e fiz um pequeno gesto em direção ao banco atrás de nós. O mesmo onde eu a tinha pressionado contra minutos atrás.
— Vamos sentar.
Nos acomodamos no banco, nossos ombros se roçando ao sentarmos. O silêncio caiu entre nós, e eu sabia que estava esperando que eu o quebrasse. Respirei fundo, tentando organizar meus pensamentos.
Por onde eu sequer começo? Lancei um olhar para Arielle e a encontrei me encarando com intensidade, me instigando em silêncio a falar.
— É complicado. — Comecei, minha voz lenta e calculada.
— Isso é uma das coisas sobre você que estou tentando entender. Você é complicado, e eu quero saber por quê. — Arielle disse, o rosto desenhado em uma linha de curiosidade e determinação.
— Justo. — Assenti, deixando escapar um pequeno suspiro cansado. Sempre parecia esmagador demais recontar a história da minha vida.
Mu