— Dessa vez, a exposição de arte a convidou para vir até a Cidade A. Ouvi dizer que ela é uma beleza, uma mulher muito bonita. — Quando o assunto chegou a esse ponto, os olhos de Benedito brilharam, e ele falou com mais entusiasmo. — Ela é bem diferente daqueles artistas idosos, com cabelo grisalho. Ela é bem jovem. Não sei se dessa vez eu consigo convidá-la para jantar.
Benedito sorriu maliciosamente, sentindo uma vontade inexplicável.
— Se ela fosse minha namorada, e passássemos uma noite juntos, seria ainda melhor. — Benedito adorava aquela aura artística que as artistas tinham.
Davi franziu a testa, lançando a ela um olhar de desaprovação.
Benedito não deu importância, acenou com a cabeça e disse, de maneira descontraída:
— O que é que não podemos conversar? Somos homens, se você gosta dela, pode ficar com ela.
Ele falava como se Laura já fosse uma mulher com quem tivesse tido algo, alguém que poderia ser oferecida como quisesse.
Benedito, assim como seu pai, era um verdadeiro mulh