Mansão.
Frâncio desligou o telefone e, com um ar displicente, jogou o celular no colo de Letícia.
Letícia permaneceu parada no mesmo lugar, os olhos fixos em um ponto qualquer do tapete. Era impossível saber no que ela estava pensando.
Só voltou à realidade quando Frâncio a chamou duas vezes.
— Letícia? Letícia?
— Ah! — Letícia deu um tapa em Frâncio. — O que você está fazendo? Por que essa sua cara está tão perto da minha? Quase me matou de susto!
Frâncio, sem desviar o olhar, encarou ela com curiosidade e perguntou:
— No que você estava pensando? Ficou tão distraída que nem ouviu eu falando com você. — Em seguida, como se tivesse tido uma ideia, soltou uma risadinha. — Desde o jantar de ontem você está esquisita. Não me diga... está apaixonada? Quem é o homem? Fala aí pra eu ouvir. Eu, como seu irmão, preciso avaliar se ele presta ou não.
Ele apoiou o cotovelo no ombro dela.
Letícia revirou os olhos e o empurrou.
— Vai brincar de Batman, Frâncio. Para de ser tão f