Após terminar de aplicar o medicamento, Davi cobriu o ferimento com um curativo grande, do tipo esparadrapo com gaze.
— Olha vocês dois, para que isso tudo, hein! — Samuel jogou a embalagem e os cotonetes no lixo.
Davi continuava contrariado, com a expressão fechada.
— Sem nada para dizer? Veio até mim só pra falar disso?
— Tá bom, não falo mais disso. — Samuel cedeu, evitando discutir com ele.
O celular emitiu o som de notificação. Ele desbloqueou a tela, deu uma olhada e um sorriso surgiu no canto da boca.
— Eu lembro que você comprou várias estrelinhas para a Valentina. Onde estão? Me dá umas! — Samuel olhou ao redor do quarto, procurando.
Davi, de mau humor, não estava com disposição para fofocar sobre o comportamento estranho do amigo. Apontou com o queixo, indicando uma direção.
— A senha é quatro zeros.
Samuel abriu a mala e pegou as estrelinhas sem problemas.
— Valeu. — Estava prestes a sair, mas se virou para lembrar. — Troca essa camisa, tem sangue nela.
Embora Samuel não gos