André queria usar a criança para enganar e garantir que fosse o próximo herdeiro. Ele achava que Davi era um tolo? Não existe segredo que dure para sempre, e uma hora ou outra a verdade iria se revelar.Além disso, contrariar a vontade de Davi e arriscar a gravidez daquela criança era a pior coisa que ele poderia fazer a ela.Só se essa criança morresse pelas mãos de Sophia é que Davi se sentiria ainda mais culpado em relação a ela.Mesmo que naquele dia Sophia não tivesse aparecido e ela tivesse obedecido, indo para a sala de cirurgia para o aborto, Davi não a deixaria em falta.André se levantou devagar, ainda olhando para ela com a mesma arrogância.— Então, você está realmente pensando em mim?Valentina ficou em silêncio.— Não pense que eu não sei o que você está tentando fazer. — Ele apertou o queixo de Valentina com os dedos, forçando ela a levantar o rosto para encará-lo. O olhar de André estava afiado e ameaçador. — Seja boazinha, e eu vou te ajudar a conseguir o que quer.Ao
Gabriel deu um passo para o lado, e Sophia, atrás dele, trocou de sapatos na entrada. Davi se apressou e foi até ela: — Onde você foi? Ela colocou as sandálias e respondeu, fria: — Fui dar uma volta. — Se você queria sair, deveria ir com eles. — Ele se referia, de maneira clara, aos seguranças que a acompanhavam. — Davi, a Sophia é uma pessoa, não uma prisioneira! Você faz os seguranças ficarem atrás dela como se fosse uma criminosa. Não tem mais direitos humanos nisso? — Letícia, indignada, falou diretamente. Davi acenou com a mão, e Gabriel foi até ela, segurou Letícia e a levou para fora da mansão. Letícia lutou contra ele: — Davi, você ainda é humano? Se você tocar um fio de cabelo da Sophia, eu não vou te perdoar! A voz foi se afastando, e logo ela já estava fora da mansão, sendo conduzida por Gabriel. — Davi, você está indo longe demais. Foi ideia minha sair hoje. Deixe os seguranças soltarem a Letícia. — Sophia estava nervosa e seguiu até a porta, tentando
Quando chegaram à mansão, Davi já estava sentado no sofá da sala esperando por ela. Ele levantou os olhos da reportagem de notícias financeiras na tela do tablet. — Chegou? Lave as mãos e venha jantar. Lívia fez o escondidinho que você tanto gosta. Quando ela saiu do banheiro, Davi já estava à mesa, puxando a cadeira ao lado dela com delicadeza. Era óbvio que ele havia preparado aquilo para ela. Sophia se aproximou e se sentou. Davi colocou duas fatias de carne no prato à sua frente. Sophia deu uma garfada no arroz, ignorando a carne que ele havia servido, e começou a pegar outros pratos por conta própria. Se quisesse carne, ela mesma pegaria, mas não tocaria naquilo que ele havia servido. Ela não estava muito faminta, então comeu um pouco e logo deixou os talheres de lado. — Já terminei. — Acabe com tudo isso. — Ele se referia aos pratos que ele havia servido. — Se não quiser comer, podemos ir para o quarto tomar banho. "E depois do banho, o que vai acontecer?" S
Aqui, se ela conseguisse engravidar dele, será que ficaria tranquila para ficar ao seu lado? Será que eles poderiam consertar as coisas entre eles?Sua mão não pôde deixar de tocar suavemente a barriga. Enquanto tocava, ele franziu a testa na escuridão."Por que a barriga dela está tão inchada? Não foi ela quem vomitou tanto ultimamente? Como é que a barriga não emagreceu, mas parece ter engordado?"Sophia tinha um corpo esguio, e não era muito visível, mas os gêmeos de mais de quatro meses não eram tão pequenos a ponto de não aparecerem.Felizmente, nos últimos meses, ela havia comido bastante, e agora, com a barriguinha, podia usar o ganho de peso como desculpa.Davi, vendo que ela vomitou muito naquela noite, não a forçou mais a fazer nada.Suspirou. Bem, se ela estava comendo pouco, que assim fosse.Se deitou ao lado dela e a abraçou, caindo em um sono profundo.Recentemente, Sophia havia desenvolvido o hábito de acordar durante a noite. Com os olhos meio abertos, ela ouviu a respi
[Essa tal de pintora Laura, não vi nada de tão bom nas suas pinturas na internet, é só um produto da propaganda feita por um monte de capitalistas.] Na internet, havia vários comentários venenosos, todos atacando Sophia nas imagens do vídeo. Davi instantaneamente ficou com a expressão fechada, desligando o tablet. — Descubra de onde esse vídeo foi vazado. — A voz dele estava fria e cortante. — Retirem o vídeo imediatamente, tirem-no do ar. — Sim. O assistente Bryan pegou o tablet e saiu. Davi não estava com cabeça para lidar com o trabalho, batendo levemente os dedos na mesa, reclinado na cadeira de couro. A perspectiva do vídeo era diferente da que ele tinha visto na mansão; claramente, não eram as mesmas câmeras. "O policial Jerônimo nunca poderia ter vazado esse vídeo. A mansão da família Cunha... quem mais poderia ter feito isso?" Seus pensamentos foram interrompidos de repente. De repente, ele se lembrou de algo, pegou o celular ao lado e ligou para Lívia. —
— Eu não vou. — Sophia recusou, estendendo a mão na tentativa de pegar o celular de volta.— Lívia, vá arrumar as malas. — Davi ordenou, com voz fria, colocando o celular dela no bolso do paletó.Lívia parou por um momento, olhando para os dois, sem ousar questioná-lo. Após concordar, foi para o quarto acompanhada por uma empregada.— Davi, eu não quero ir com você viajar a trabalho. Você vai me forçar a isso? — A voz de Sophia estava fraca, transparecendo uma leve sensação de desespero.Os dois estavam de frente um para o outro, e os empregados ao redor saíram discretamente da sala de estar. Sophia virou a cabeça, olhando para o lado.— Eu viajo a trabalho, você tem que me acompanhar. — Davi olhou para ela com os olhos sombrios, sua altura, bem superior à dela, se inclinando levemente enquanto a fitava. — Você não tem direito de recusar. Quando voltarmos da viagem de trabalho, eu te devolvo o celular.A verdade era que Sophia não tinha forças para lutar contra ele, só conseguia aceita
Davi saiu do banheiro, secando os cabelos ainda pingando.— Você está procurando o quê?Sophia se levantou e, com a voz fria, respondeu:— Meu celular. Eu saí correndo e preciso mandar uma mensagem para a Letícia. Se ela não conseguir me contatar, vai ficar preocupada. Eu só vou mandar a mensagem, depois você pode pegar o celular de volta. Eu estou no País R e não vou trocar de identidade com ela, sem contar os seguranças que vieram com você.Os quatro seguranças nos seguiram de perto até chegarem ao País R. E nem é preciso dizer que Davi trouxe mais de dez seguranças com ele, todos ao redor dos quartos onde estavam hospedados."O que mais ele precisa para se sentir seguro?"Davi baixou os olhos, continuou a secar o cabelo, e sua voz soou abafada:— Eu vou mandar a mensagem pessoalmente. Quando eu voltar da viagem de negócios, te devolvo o celular. Não venha mais me pedir, eu não vou te dar antes.Sophia ficou de cabeça baixa, parada ao pé da cama. Seus cabelos longos cobriam seu rosto
À noite, Sophia foi forçada por ele a entrar na piscina termal.Para ser sincera, se ele não estivesse ali, na sua frente, ela ainda estaria disposta a aproveitar a viagem a País R.Infelizmente, ele não podia desaparecer por vontade própria.Na manhã seguinte, o Assistente Bryan já a aguardava na recepção do hotel. Hoje era o dia de assinar o contrato do projeto.Davi levou Sophia consigo para o evento.Esse projeto já havia sido previamente negociado, e agora era apenas a renovação do contrato.O trabalho não era grande, pois o Presidente Davi sempre lidava pessoalmente com esse tipo de projeto. A quantia envolvida era considerável e, além disso, internacional.Quando perceberam que o presidente do Grupo Vitalidade já havia chegado, a secretária imediatamente mandou chamar o presidente da empresa para recepcioná-lo.— Presidente Davi, chegou! Se sente, por favor. — O presidente falou fluentemente em País H.— Presidente Marcelo.Após os cumprimentos e um aperto de mãos, logo entraram