O portão principal era uma obra de arte em ferro forjado com iniciais entrelaçadas: D.V. Acima, câmeras de segurança giravam suavemente, suas lentes pretas capturando cada movimento. Sofia não sorriu para elas. Apenas observou, estudando os ângulos, os pontos cegos potenciais, a distância entre o portão e a casa principal, quinze, talvez vinte metros de calçada de pedra portuguesa.Seus dedos encontraram a pulseira de prata no pulso esquerdo g, um gesto automático e tranquilizador. A inscrição interna, desgastada pelo toque constante, ainda era legível: Sempre teu - M. Ela respirou fundo, o ar cheirava a terra molhada e flores de jasmim.Antes que pudesse encontrar o interfone, um clique eletrônico soou e o portão deslizou aberto sem nenhum ruído. A mensagem era clara: ela já estava sendo observada há mais tempo do que imaginava.A mansão, uma construção moderna de linhas limpas que paradoxalmente lembrava uma fortaleza. Jardins impecáveis, mas sem a desordem alegre que crianças norma
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