Simon Duarte O quarto estava quente. Não pelo clima — pela gente. A janela aberta deixava entrar um vento morno, mas o calor vinha de dentro. Era do nosso corpo, da nossa pele. Eu tava deitado na cama, sem camisa, ainda com o corpo sensível depois de amamentar Noah. Ele estava ao meu lado, com a cabeça encostada no meu ombro, a mão dele acariciava meu peito, fazendo pequenos círculos com o polegar. A gente não dizia nada. Mas tudo estava sendo dito. No toque, na respiração, no jeito como ele me olhava. A tensão entre nós não era nova. Mas agora ela tinha outro peso. Outro ritmo. A urgência que a gente vinha segurando há semanas estava ali, pulsando entre os nossos corpos. Noah se levantou devagar, tirou a camisa e jogou no chão. O peito dele estava suado, o olhar firme. Ele se ajoelhou na cama, ao meu lado, e passou a mão pelo meu abdômen, subindo até o peito. Os dedos dele deslizaram pelos mamilos, ainda sensíveis. Eu gemi baixo, sem conseguir segurar. — Eu te quero — ele disse
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