Emily respirou fundo, tentando organizar os pensamentos.— O senhor lembra, da primeira vez que o senhor me viu? Disse que eu parecia com a sua esposa, e me chamou pelo nome dela?— Sim, lembro — respondeu ele, encostando-se à escrivaninha. — Foi um choque, para mim, você é quase a cópia dela, com diferença sutil.— Pois bem, a sua irmã também me falou a mesma coisa— ela engoliu em seco. — E agora sei o motivo.O silêncio pareceu crescer dentro do cômodo, pesado, expectante.— O motivo, como assim? — ele perguntou, sem entender.— Charlotte, a mãe do pequeno Edmund,— disse ela, e os olhos marejaram — é minha irmã.Ele se endireitou, surpreso.— O quê, como assim? — a voz saiu em um sussurro incrédulo.— Sim, Sr. Nicolas descobri por acaso— Emily afirmou, a voz trêmula, mas decidida. — Como havia lhe dito, fomos separadas quando crianças. O Sr. sabe da tragédia , que nos atingiu. Ela foi logo adotada em pouco tempo. Eu fui adotada sei meses depois. Os pais adotivos de Lottie são daq
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