Capítulo 15 Lucia Bianchi De olhos fechados eu senti o seu toque sobre o vestido, descendo da minha cintura para minhas coxas. Vinícius começou a me beijar mais rápido e senti meu corpo queimando de um jeito diferente. Eu só sabia que queria mais. Arranquei meus sapatos encostando um no outro. Sei lá, a sala de repente ficou muito quente. A mão que puxou a barra do vestido foi tão leve que quase não percebi; o tecido deslizou como quem entrega alguma coisa valiosa e, em seguida, Vinícius fez algo que me deixou tonta: parou. Apoiou meu queixo com a mão e mordeu meu pescoço. — Fica bem aqui, bela mia — murmurou, e as palavras vieram baixas, quase um pedido. — Só mais um segundo. Obedeço porque, naquele comando manso, eu senti uma autoridade diferente — não a do novo chefe da máfia, nem a do homem que se impõe por medo; aquela era a autoridade de quem me deseja, e deseja de verdade. Respirei. Ele sorriu, lento, lindo, com sua barba curtinha, desenhada, cabelos escuros, lábi
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