ELLA…O vento batia forte contra o meu rosto, trazendo respingos do mar que cintilavam como pequenas joias sob o sol. Eu me agarrava firme à cintura de Ravelli, rindo como uma criança. O senhor escuridão, não tem nada de escuridão fora das salas de aula e longe do escritório. Estava apaixonada por ele. Certa que viveria um grande amor. Ele era perfeito. Educado, gentil, cavalheiro e perigoso. Um vilão extremamente inteligente e gostoso. Era tudo que eu queria para minha vida. De repente, percebi que ele não estava apenas dando voltas. A direção era clara. Estávamos indo em direção a uma pequena ilha que surgia no horizonte, cercada por águas cristalinas e uma faixa de areia branca que brilhava sob a luz do sol. Meu coração disparou. A cada metro que nos aproximávamos, eu ficava mais fascinada. Quando finalmente paramos e desci da moto aquática com a ajuda da mão firme de Ravelli, meus olhos percorreram tudo ao redor. A ilha parecia saída de um sonho: coqueiros altos balançando ao ve

Quando pensei que ele fosse simplesmente rir de novo e ignorar meu pedido maluco, Ethan se levantou da cama com aquele olhar que eu já reconhecia: um misto de decisão e mistério. Meu coração acelerou sem que eu conseguisse controlar, porque havia algo no modo como ele ajeitava a postura que deixava claro, ele não brincava quando decidia algo. Apreensiva, também me levantei e sentei na cama. Ele parou diante da cama, ainda me encarando, e respirou fundo. ETHAN: Então é isso que você quer, minha abelhinha? Assenti, mordendo o lábio inferior, sem coragem de dizer mais nada. ETHAN: Pois bem. Desejo atendido. Ethan tirou a camisa devagar, como se estivesse despindo junto a seriedade que sempre carregava. Em seguida, ele deixou a peça cair no chão, revelando o peito firme, o porte imponente que parecia feito sob medida para o poder que ele exercia. Eu prendi a respiração quando ele, sem pressa, retirou o restante da roupa. E então, diante de mim, ele ficou completamente nu. Não havia

Eu ainda ria das loucuras de Lia, o travesseiro abraçado contra o peito, quando decidi abrir o jogo de vez. “Lia, ele me beijou no carro… aquele beijo roubado, sabe? Aquele que muda tudo. Eu não tive como resistir, foi como se o mundo tivesse desabado e só sobrasse nós dois. E não é só desejo, amiga, eu sinto que estou realmente apaixonada. E o mais louco é que eu sei que ele também está.” Do outro lado da linha, ela ficou em silêncio por alguns segundos, como se precisasse processar. Mas logo voltou com a língua afiada de sempre. LIA: Meu Deus, Ella… eu ainda não acredito! Você está vivendo um romance de filme proibido e eu aqui, me debatendo com a vida real. “Por que diz isso?” Perguntei, ajeitando o celular melhor no ouvido. LIA: Porque o Miguel me chamou para sair. E eu não sei se devo aceitar… tenho medo de me arrepender, de me iludir, de acabar sofrendo. Você me conhece, sabe que não sou de me jogar fácil. Sorri de leve, já imaginando o nervosismo estampado no rosto dela.

Nunca imaginei que o dia pudesse começar daquela forma. Eu ainda estava tentando digerir tudo o que havia acontecido na noite anterior com Ethan, quando ouvi a porta abrir e lá estava ela. Uma mulher de salto fino, cabelos loiros impecavelmente penteados, daqueles que claramente custam mais do que meu aluguel inteiro. Eu, parada ali, só conseguia pensar: Pronto, Ravelli tem até patricinha de catálogo entrando pela porta da frente. ETHAN: Margo? O que está fazendo aqui? A surpresa dele me deixou surpresa. Ele não esperava por ela, isso ficou claro. Mas, honestamente, pouco me importava. Porque, no segundo seguinte, a tal Margo abriu um sorriso triunfante e se pendurou no pescoço do meu professor, como se fosse a dona daqueles olhos sombrios. Antes que eu pudesse piscar, ela já tinha deixado um beijo rápido nos lábios de Ethan. Senti as borboletas que viviam no meu estômago se transformarem em morcegos raivosos, prontos para me devorar por dentro. O sangue subiu tão rápido à minha

Eu nunca soube lidar com a palavra “espera”. Sempre que algo me consumia por dentro, eu precisava agir, resolver, tomar o controle da situação. A lembrança dos olhos de Ella cheios de raiva e mágoa fez meu peito doer. Eu a vi se desfazer em lágrimas por acreditar que eu havia a enganado, e essa imagem queimava mais do que qualquer ferida. Miguel a levou para a casa dele, e, por mais que confiasse no meu amigo, o que eu queria era estar ao lado dela, ouvir seus gritos, suportar sua fúria, apenas para tê-la perto de mim. James tentou me convencer a descansar, mas eu não consegui. Fui direto para a casa de Miguel. Quando cheguei à casa de Miguel, não precisei perguntar nada. Meu amigo me esperava na porta, braços cruzados, olhar carregado. MIGUEL: Ela está no jardim.Disse ele, antes mesmo que eu abrisse a boca."Como ela está?” Perguntei, já sabendo a resposta.MIGUEL: Chorando, magoada, com ciúmes até os ossos. Ethan, você precisa entender… para a Ella, tudo isso é novo. Ela se sen