Neste momento, as duas mulheres entraram na sala de jantar. Isabel estava radiante, anunciando que o jantar seria servido. - Vamos comer antes que a Emma comece a reclamar, Isabel brincou. Liam se levantou, sua postura impecável, mas quando Olívia passou por ele, ele a deteve com um toque firme no braço. Seu olhar, inexpressivo para o mundo, era ligeiramente mais suave quando focado nela, carregado de um carinho inédito para qualquer um da família. - Está se sentindo bem? Você está corada? Liam se aproximou para falar, sua respiração fazendo cócegas próxima ao pescoço de Olívia. - Sim... vamos sentar? O jantar na casa de Patrick tinha sido longo e, para Olívia, inebriante. Patrick, em seu papel de anfitrião, havia insistido que ela experimentasse uma variedade de licores artesanais que trouxera da lua de mel. - Veja... esse aqui é feito na pousada o de ficamos! Os digestivos, ricos e doces, todos aqueceram Olívia, que geralmente era moderada, deixando-a com a fala um

Era o final da tarde no escritório de Edward Irving, nos arredores de Porto Cristal. A luz entrava pelas janelas, iluminando o ar frio da sala. Sr. Irving, um homem de constituição robusta mas em forma, sua figura não aparentava sua idade, parecendo jovem aos que o rodeavam. Seu semblante sempre severo, tinha olhos castanhos afiados, estava debruçado sobre uma pilha de documentos, a testa franzida em concentração. A porta se abriu com uma batida discreta, e Anthony entrou, com alguns relatórios. Anthony, menos imponente que o pai, carregava a mesma aura de competência. - Pai, aqui os relatórios do trimestre. Só falta sua assinatura para a auditoria, informou, colocando as pastas na borda da mesa. Ele hesitou, e então perguntou, a voz mais suave e direta. - Conseguiu falar com Olívia hoje? Edward soltou um suspiro pesado, afastando-se dos papéis com um gesto de frustração. Sua irritação era palpável. - Não, Anthony. Ela não atendeu. Tentei no celular dela, e agora... ela bloqu

O tilintar suave do "ding" do elevador anunciou o andar. As portas se abriram silenciosamente, o corredor silencioso, quando Viviane abriu a porta revelando um quarto que era a personificação do luxo discreto e convidativo. Não era opulento de forma ostensosa, mas sim elegante e confortável. Um lustre de cristal pendia do teto alto, lançando uma luz quente sobre o ambiente. A cama king-size dominava o centro, convidativa com lençóis de seda em um tom creme e travesseiros macios. Ao lado, janelas amplas do chão ao teto ofereciam uma vista deslumbrante de Porto Cristal à noite, com as luzes da cidade cintilando como um tapete de joias. Havia uma área de estar com um sofá macio e uma mesa de centro de vidro, e uma porta indicava a entrada para o que imaginou ser um banheiro igualmente suntuoso. O quarto estava levemente perfumado, com um aroma que lembrava madeira e algo fresco, convidando à intimidade. Quando entrou no banheiro, o ar estava pesado, carregado com o aroma de sabonetes f

O ateliê de Olívia, banhado pela luz suave do meio-dia que entrava pelas grandes janelas, era um refúgio de tranquilidade. Imersa no trabalho, ela estava debruçada sobre uma mesa de luz, finalizando as delicadas ilustrações aquareladas que Amélia havia prometido levar para as editoras. O silêncio era interrompido apenas pelo leve ruído de seu pincel sobre o papel. Uma das empregadas, Maria, entrou discretamente. - Dona Olívia, chegou uma carta para a senhora, ela disse, colocando o envelope branco sobre a mesa lateral, um lugar seguro e fora da zona de trabalho. - Obrigada, Maria, Olívia respondeu sem tirar os olhos das flores etéreas que estava pintando. A urgência da criação era maior do que qualquer correspondência. As horas passaram rapidamente, e o cheiro de almoço começou a se misturar com o aroma de tinta e papel. Liam, apareceu na porta. Ele se aproximou por trás de Olívia, envolvendo-a em um abraço firme e aquecido. O beijo que ele depositou na nuca dela era um misto de

Olívia, no entanto, hesitava um pouco, acostumada à precisão da ilustração. Jason percebeu a sua apreensão. Ele se aproximou dela, o cheiro de tinta a óleo e um leve aroma amadeirado vindo dele. — Não tenha medo de sujar as mãos, Olívia — ele sussurrou, a voz grave e gentil. — Permita-se. Ele pegou a mão dela, guiando-a sobre a tela com um pincel carregado de azul vibrante. A pele dele era quente e macia contra a dela. — Sinta a textura, a liberdade do movimento. Não pense, apenas sinta. Olívia focou intensamente na tela, distraída apenas pela nova técnica e pela cor. A proximidade de Jason era notável, mas a mente de Olívia estava inteiramente absorvida pela arte. Quanto mais conversavam sobre a técnica, mais Jason parecia encantado com Olívia. Ele elogiava a forma como ela usava as cores, a profundidade que ela trazia, mesmo em seus momentos de hesitação. — Você tem uma sensibilidade rara, Olívia. Seus olhos veem cores que a maioria das pessoas nem nota — ele disse,