— O que diabos você está... — As palavras se prenderam na minha garganta. Morreram ali.Porque o meu cérebro não conseguia, porra, processar o que eu estava vendo.Tasha não olhou para mim.Ela não conseguia.O rosto dela estava enterrado entre as coxas de um Beta, o pau dele enfiado na garganta dela tão fundo que ela estava se engasgando com ele, os olhos vidrados, as bochechas manchadas de lágrimas e saliva.As mãos dela seguravam as coxas dele como se ela precisasse de uma âncora. A boca dela estava bem aberta, os lábios vermelhos e inchados. Ela não estava lutando. Ela estava gemendo ao redor dele.Atrás dela, outro homem estava enfiando-se na buceta dela por trás, os quadris se chocando com uma força brutal, as mãos dele segurando a cintura dela como se ele estivesse tentando rasgar ela ao meio.As coxas dele estavam flexionando. Os gemidos dele eram selvagens. O pau dele estava encharcado na lubrificação dela, brilhando cada vez que era retirado antes de ele enfiar ele de volta.

~Lyra~Empurrei a porta e saí para o corredor.A festa ainda acontecia. Alta. Bêbada. Cheia de tesão.Mal conseguia enxergar através da névoa de luzes, suor e corpos em movimento. A música pulsava pelas paredes. Alguém gritou no andar de cima.Eu não parei.Não olhei para trás.Andei rápido, agarrando a barra do vestido como se isso pudesse me manter inteira. Minha calcinha estava arruinada. Grudada em mim como cola. Eu sentia a bagunça que tinha feito em mim mesma a cada passo. Molhada. Quente. Sensível demais.Uma mão se estendeu.Tentou segurar minha cintura.— Ei, gata, pra onde você vai...— Nem pense em me tocar.— Rosnei.O cara puxou a mão de volta como se tivesse se queimado.Ótimo.Porque eu estava queimando pra caralho.Empurrei-o para o lado, passei por um casal se esfregando contra a parede, por duas garotas lambendo alguma coisa do peito uma da outra, por um cara de joelhos enquanto alguém se sentava no rosto dele.Cada imagem me atingia como um soco no estômago.Meu coraç

~Lyra~E, meu Deus.Meu Deus do céu.O jeito que ele disse aquilo... Quase apaguei.Acho que realmente parei de respirar por um segundo, porque no exato momento em que aquelas duas palavras saíram da boca dele, meu corpo inteiro se contraiu como se quisesse aprisionar o som dentro de mim.— Estou indo.Foi isso que ele disse.Só isso.Sem hesitação, sem emoção — apenas aquelas duas palavras, como ordem, promessa e punição ao mesmo tempo, e, puta que pariu, minha alma inteira se partiu ao meio e deixou toda a sujeira escorrer.Minha buceta se contraiu com tanta força que achei que fosse gritar de novo.Minha calcinha já estava ensopada, e agora parecia uma pancada molhada contra o centro do meu corpo. Meus mamilos ainda doíam do contraste entre o frio da chuva e o calor que ainda queimava por dentro. Minhas pernas já não serviam pra me sustentar.Elas só se contraíam, tremiam, se pressionavam uma contra a outra como se meu próprio corpo tentasse se esfregar na própria pele pra arrancar

~Lyra ~Eu fingi estar chocada.Me fiz de inocente.Porque eu queria que ele perdesse o controle.Eu queria que ele explodisse.Eu queria empurrar ele até a linha e forçar ele a cruzar essa linha.Então me inclinei para trás.Deixei a minha coluna se pressionar com mais força contra o tronco da árvore.Inclinei a cabeça como se eu não soubesse do que ele estava falando.— Fazer o quê? — Eu sussurrei, com a voz doce e ofegante, como se eu fosse a coisinha mais inocente do planeta.Ele deu um passo à frente.Tão malditamente perto.Eu sentia o calor dele agora.Sentia o peito dele quase roçando o meu.Sentia o ar mudando entre nós, carregado de tensão, de desejo, de coisas nas quais nenhuma garota da minha idade deveria estar pensando com tanta intensidade.A respiração dele falhou.Eu vi o maxilar dele travar.Vi os olhos dele descerem de novo.Direto pros meus seios.Que eu, obviamente, ainda estava apertando um contra o outro, porque foda-se... eu queria que ele olhasse.Queria afogar

~Lyra~Eu não conseguia nem falar direito.Eu estava excitada demais.Enlouquecida demais.As minhas pernas tremiam. Meus mamilos latejavam. Minha buceta se contraía ao redor do nada como se quisesse ser preenchida por qualquer coisa. Os dedos dele. O pau dele. A porra da voz dele.Ele não disse uma palavra.Ele apenas me encarou. Como se eu fosse insana. Como se eu fosse estúpida. Como se eu fosse a garotinha mais burra e com mais tesão do bosque por provocar um homem como ele.E então ele me tocou de novo.Não o meu seio desta vez.Muito mais embaixo.A mão dele deslizou entre nós, lenta como o pecado, e as juntas dos dedos dele roçaram a bainha do meu vestido encharcado antes que ele escorregasse por baixo dele como se não fosse nada. Como se ele fosse o dono do direito.Minha respiração falhou.Eu não conseguia me mover.Eu não conseguia, porra, me mover.Os dedos dele estavam bem ali. Bem sobre a minha calcinha fio-dental. Aquele pedaço estúpido de fio molhado grudado na minha buc