Aos 24 anos, carrego comigo duas forças que moldaram meu caminho: a proteção de uma infância segura e a coragem que precisei desenvolver quando o mundo deixou de ser apenas cenário e passou a ser desafio. Cresci em um lar que me ensinou o valor do acolhimento — não como conceito abstrato, mas como experiência concreta, diária.Foi ali, entre paredes que guardavam histórias e janelas que deixavam a luz entrar com delicadeza, que nasceu meu desejo de criar espaços que fizessem o mesmo por outras pessoas. A arquitetura não surgiu como uma simples escolha profissional, mas como uma forma de traduzir sentimentos em estruturas, de transformar memória em matéria.Projetar, para mim, é mais do que desenhar. É escutar o que não foi dito, entender o que precisa ser sentido, e então dar forma ao invisível — seja em concreto, madeira ou luz.Foram anos de estudo, noites em claro, dúvidas que me desafiaram e descobertas que me transformaram. Cada projeto, cada traço, foi uma tentativa de traduzir e
Ler mais