Eu não conseguia me mexer.Senti minha garganta tampar. O corpo parecia se desligar aos poucos, como se me obrigasse a aceitar o fim.Você não tem forças, não tem voz, não tem ar, não tem batimentos.Eu só conseguia ouvir as vozes abafadas.“Corre, peguem o desfibrilador.”“Doutor, tem um frasco de Propofol no lixo”“Entubem...AGORA”.Abri os olhos.Eu estava no colégio. Vestida com uma camisa branca que tinha um cheiro delicioso de amaciante e uma saia xadreza. – Aquele cheiro, era o cuidado da minha mãe.—Até mais tarde, Ellie! – Disse ela, acenando para mim.Eu acenei de volta e me virei, correndo para entrar no colégio. E sem que eu percebesse, esbarrei em alguém o derrubando no chão.—Me desculpa! – Pedi o estendendo a mão. —Você se machucou?—Estou bem! – Disse ele, se levantando.Ele tinha a roupa impecável, os sapatos brilhantes e o cheiro dele... algo com canela e madeira.Ele era alto para a idade e tinha uma voz agradável, mas eu não conseguia ver o rosto dele.No lugar, ha
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