Todas as pessoas vinham pedir se ela queria alguma coisa pra comer, falavam que ela precisava ser forte, que ela não devia chorar, que sua mãe ficaria triste onde estivesse. Ela queria chorar, ela não queria comer, queria ficar ao lado da mãe. Depois de muitos abraços, abertos, e palavras sem sentido ela conseguiu um minuto de paz, estava sentada no banco do lado de foram do salão fúnebre, ali ela podia chorar as dores de suas feridas que ninguém via até que elas secassem e não sangrasse mais. Sua mãe naquela manhã havia penteado o seu cabelo, colocou uma presilha brilhante que ela havia brigado porque achava infantil e a beijou. Exatamente duas horas depois ela estava morta, um motorista cansado de caminhão havia matado as mães de duas famílias, e uma era a sua mãe. Então agora com seus doze anos de idade ela estava sozinha, sua avó estava afogada em sua própria dor, sua tia estava tentando ser forte e tomar as decisões por todos e seu avô estava bêbado de desgosto e tristeza ao la

Ela sabia que só precisava deixar o tempo passar, a dor não sumiria, mas a vida precisava continuar, sua mãe gostaria que fosse assim. Ela começou a ir na escola, a fazer várias atividades, a sair com Rita, que era a sua companheira e que cuidava muito bem dela. Seu pai estava sempre ocupado, mesmo assim ela sentia a sua presença a noite em seu quarto. Ian ia pra escola em turno contrário ao seu então ela não se preocupava muito, exceto nos fim de semanas onde ele parecia adorar implicar com ela, escondia seus livros, vinha até seu quarto a noite e a assustava e até dizia aos pais que a levaria tomar sorvete, mas a fazia ficar esperando ele jogar em um cyber até bem tarde. Mas estava tudo bem, ela só precisava aguentar, ela cresceria e logo poderia ficar longe dele, ela tinha planos pra isso, e o primeiro já iniciaria no próximo ano. E seus quatorze anos chegaram, dois anos que passaram voando. Ela estava sentada em um banco de espera do cyber, enquanto seu irmão estava jogando,

A mãe a levou para fazer compras pra escola e para mudar o visual, ela não queria mudar as roupas, más a mãe disse que seria mais fácil em se adaptar na escola. Ela ainda estava se sentindo estranha, desde aquele beijo, ela teve sonhos com Ian a noite toda, um acabava e outro iniciava, em alguns ele entrava em seu quarto e pedia desculpas, outros ele aparecia nu na sua cama. E agora ela estava frente a frente a ele. Ela sabia como disfarçar seus sentimentos, a anos ela sabia que o melhor era demonstrar o nada. mas aquele olhar dele a estava deixando nervosa. Ela beijou o pai, agradeceu o elogio de Ian e foi para o quarto guardar as coisas. Antes que pudesse fechar a porta ele entrou de fininho e fechou a porta, ele a olhou dos pés a cabeça várias vezes. -Moleca, porque você tá arrumada assim? -Eu, sua mãe, você sabe que eu vou embora né? -Você vai estudar em um internato, mas são só meninas... -E você não acha que as meninas são cruéis? na escola, na sua frente, elas n

Na vó tudo era leve, o ar, o clima, ela caminhava pela mansão sem ter medo de ser agarrada, ou assustada, ou surpreendida. Ela podia deitar nos lugares e ler, ela podia ficar de pijama, ela não penteava o cabelo e comia de boca cheia enquanto lia. Tinham duas vizinhas da sua idade gêmeas, não eram idênticas e iriam pra escola com ela, Tamy e Lana, elas sempre foram gentis com ela, e aGora a fizeram ser sua trigêmea. Elas andavam a cavalo, nadavam e falavam mal dos garotos, cada uma de seu demônio. Liz estava encantada com a simplicidade de viver, de sorrir e de sonhar. Elas em uma das caminhadas pra Lana pintar, enquanto isso Liz lia e Tamy escutavam música, encontraram um belo rapaz cavalgando, ele tinha uma imagem de filme antigo, era bronzeado, com braços grandes, e olhos verdes. Liz precisou lembrar que precisava respirar. - Liz esse é Ruan, nosso primo, veio competir no rodeio. Ruan essa é nossa amiga, vamos para a escola juntas na próximo ano. - Muito prazer em te...

Ela não gostava muito de praia, tinha areia, sol e às vezes que foi teve que buscar bebidas várias vezes pra Ian. Mas aceitou ir com suas amigas, talvez dessa vez iria ser melhor. Depois que estavam o instaladas as gêmeas a chamaram pra ir ver o mar. Ruan já tinha falado pra avó dela, e pros demais que pretendia namorar com ela (ela havia escutado ele conversar com todos eles enquanto ela e as gêmeas foram buscar as malas) e agora ela estava anciosa porque não sabia quando ele faria.Quando elas desceram para a praia havia um caminho de velas, uma das gêmeas entregou pra ela uma pulseira de cordões vermelho, quando caminhou um pouco Tom lhe entregou uma rosa branca, mais uns passos Lana a esperava com um boné preto e um LR em prata bordado, caminhou mais um pouco e Guto estava tocando violão, e no fim no caminho lá estava ele, de roupa branca como a dela, sorrindo, com uma pulseira e um boné iguais aos seus.-Liz, a um ano eu estava andando a cavalo, e vi uma garota de longos cabelo