Dmitry mantinha as mãos apoiadas sobre a mesa iluminada, os olhos azuis cravados no mapa como se pudesse enxergar através dele, direto para as fileiras inimigas.Susan permaneceu perto da parede, os braços cruzados, tentando controlar o ritmo do próprio coração. Mesmo sem entender completamente a complexidade daquela guerra entre clãs, ela sentia na pele a gravidade de cada decisão que Dmitry tomava.— Precisamos considerar os humanos. — Foi Alexei quem quebrou o silêncio, a voz agora mais séria. — Se começarmos uma ofensiva em larga escala, não vamos conseguir manter tudo fora dos noticiários por muito tempo.Dmitry ergueu o queixo, os olhos endurecendo.— Já tomei providências. Grigori e o conselho humano local foram avisados. Eles vão limpar os rastros. Por um preço, claro. Mas quero todos os movimentos rápidos, precisos e discretos. Sem carnificina desnecessária.Sasha soltou um riso abafado, encostado no batente da porta, os braços cruzados.— Nunca pensei que ouviria você dizer

A madrugada avançava lenta, e na mansão Rurik pairava um silêncio incômodo. Não de paz, mas da contenção de uma fera enjaulada. A magia de Susan continuava pulsando através das paredes, como trovões abafados em um céu encoberto. Nenhum dos Lycans ousava se aproximar da porta do quarto; até mesmo os mais jovens da casa evitavam aquele corredor, farejando no ar o aviso invisível de que algo além de humano despertava lá dentro.No salão principal, Dmitry ajustava o coldre no ombro, a expressão endurecida enquanto passava os olhos pelos mapas sobre a mesa. Ele dava ordens curtas aos homens, verificava armas, estratégias, reforços. O alfa em sua essência: calculista, inflexível.Alexei jogou uma sacola de suprimentos sobre o sofá, passando a mão pelos cabelos enquanto soltava um suspiro demorado.— Sabe, eu tô começando a me perguntar… — Ele olhou para Dmitry e Sasha com um meio sorriso cansado. — A gente vai esperar por ela, ou vamos mesmo ter coragem de ir sem? Porque, sinceramente, eu

Os híbridos avançaram em uníssono, as garras arranhando o chão, a fumaça negra espiralando ao redor de seus corpos. Um deles rugiu, um som que fez os próprios lustres vibrarem.Susan ergueu a mão, e os quatro congelaram no lugar.— Quebrados por dentro. — Ela murmurou, quase para si mesma. — Vamos ver quanto tempo vocês aguentam.Os híbridos começaram a tremer, primeiro com espasmos sutis. Depois, violentos. O sangue deles escorria pelas narinas e bocas, formando linhas finas que de repente se torceram no ar, como serpentes líquidas.Os olhos dourados de Susan queimavam.E Dmitry? Ele ficou parado. Preso. Hipnotizado. Esquecia até mesmo de respirar. O pênis pulsava contra a calça, duro e latejante, a ponto de rasgar o tecido. Ele rangeu os dentes, os punhos fechados até as unhas abrirem a pele.“Fode ela. Agora. Joga ela no chão, no sangue. Ela quer isso. Nós queremos isso.”— Cala a boca… — Dmitry sussurrou entre dentes, os olhos vibrando em azul elétrico. — Vocês não são nada além

O corpo dela ainda tremia sob o toque dele, mesmo quando os movimentos cessaram. Dmitry permaneceu ali, curvado sobre Susan, o peito colado às costas dela, os braços a envolvendo com força, como se o mundo pudesse levá-la se ele afrouxasse a guarda.Ele deslizou a mão pela barriga dela, colando os lábios em sua nuca úmida.— Eu te machuquei? — Murmurou, a voz agora rouca, grave e visivelmente preocupada.Susan virou o rosto, os olhos dourados cheios de ternura e luxúria satisfeita.— Se machucar significar me fazer gozar até quase desmanchar… Então sim, você me machucou muito. — Ela riu baixinho. — Mas acho que vou sobreviver. Mal.Ele sorriu, um daqueles sorrisos raros que só existiam quando ela estava por perto.“Ela é fogo e calmaria. Nossa loucura e nossa cura… Como ela consegue nos destruir e curar ao mesmo tempo?”Ele a ajudou a se vestir, depois ajeitou a própria calça e a puxou para si, encostando a testa na dela.— Você acaba comigo, Susan. Com um olhar. Com um toque. Com ess