O castelo respirava expectativa.Era fim de tarde. A luz que entrava pelas janelas alongadas tingia tudo de um dourado opaco, cortado pelas sombras das colunas e das estruturas de ferro. O ar carregava cheiro de chuva distante, óleo de armas, couro, café forte recém-passado em alguma cozinha mais abaixo.Céline ajustou a blusa simples que usava, passando a palma das mãos nervosamente pelo tecido. Os corredores estavam mais cheios do que nos outros dias. Homens do clã iam e vinham, alguns em uniforme completo, outros com camisetas escuras, mas todos com a mesma expressão: atenção, respeito, tensão mal disfarçada.Eles iam se reunir. E ela tinha sido chamada para estar lá.— Isso não é só sobre você — ela murmurou para si mesma, caminhando em direção ao grande salão de reuniões. — É sobre o território, Draven, lacunas de poder... você não é o centro do universo.Mas, enquanto andava, o peso de alguns olhares deixava claro que, mesmo que ela
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