A presença de Sybelle não se dissipou com sua partida. Pelo contrário, parecia ter se impregnado na cidade como um perfume sombrio, persistente e inquietante.Naquela mesma noite, Miguel não conseguiu dormir. As palavras dela o perseguiam, ecoando como um sussurro vindo das rachaduras do mundo. Sentado à beira da janela do antigo esconderijo, ele consultava o diário deixado por sua mãe adotiva — um livro de registros místicos que parecia, agora, conter mais do que jamais perceberam.Folheando as páginas, uma chamou sua atenção. Um símbolo semelhante ao que vira no teatro. Debaixo dele, uma anotação:“O Véu é frágil quando os dois mundos se tocam. Sybelle, a Guardiã, só aparece quando o ciclo é quebrado. Não luta por luz ou trevas — luta por equilíbrio. Teme o que está por vir.”— Ela não é inimiga — murmurou Miguel. — Ela é aviso...Valéria se aproximou.— Ou armadilha.Horas depois, os dois seguiram as pistas até uma região devastada do subúrbio. Ali, relatos indicavam que moradores
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