Ao amanhecer, Nikolas chegou à mansão e a encontrou em cinzas. Os bombeiros ainda retiravam os escombros.—O queee aconteceu?! Elizaaabeth!!! —Nikolas correu para os destroços, mas os bombeiros o detiveram.—Senhor, não há nada que possamos resgatar.—Minha irmã! Minha irmã estava aí!—Há vários corpos carbonizados, homens e mulheres. Não poderíamos dizer se um deles é sua irmã. Não restou quase nada, apenas alguns ossos e dentes.—Um bebê… havia um bebê!—Se havia um bebê, deve ter se desintegrado. O calor quase desintegrou os corpos dos adultos… os bebês são ainda mais frágeis.—Nããããão! —Nikolas se lançou entre as ruínas onde estavam os corpos queimados. Moveu tudo até encontrar os restos de alguém que trazia um colar com um “E”, o mesmo que ele havia dado à irmã quando ela completou dezoito anos e que ela nunca tirara. Segurou-o nas mãos e sussurrou—: Elizabeth… —caiu de joelhos, chorando—. Irmã, nãooo… por quê? Eu disse que devíamos sair deste maldito país. O que farei agora sem

Tinham se passado cinco anos de paz. Depois da morte da Viúva Negra, tudo tinha sido perfeito. Kate e as meninas haviam expandido a loja; agora tinham duas filiais nas cidades mais importantes. Uma era dirigida por Cristy e a outra por Ally, que se casaram três anos atrás em um casamento duplo. Estavam felizes, especialmente Arthur, cuja pequena ferinha estava grávida de sete meses. Mesmo quando Cristy pedia desejos às quatro da manhã, ele corria sem hesitar. E não era para menos: estavam esperando gêmeos.Cristy quase desmaiou quando disseram que seriam dois — um menino e uma menina. Ela socou o peito de Arthur, gritando:—Você não podia me engravidar de um só, tinham que ser dois! Depois deste parto eu me opero, não quero mais bebês!Arthur apenas sorriu, realizado. Seu sonho de ser pai estava se cumprindo com sua ferinha… e em dobro.Bastien trabalhava no escritório com Lucca quando viu sua pequena tormenta passar de vestido rosa, quase arrastando o pobre Lucien. O menino fazia tud

—Mamãe, por que você sempre faz os biscoitos do papai em forma de coração? —perguntava a pequena Addy, com o rostinho cheio de farinha, assim como Lucien, que a olhava esperando a resposta.—Porque eu amo muito o seu papai. Eu o amo com todo o meu coração. E quando a gente ama uma pessoa, deve mostrar de todas as formas possíveis. Ele tem o meu coração, ele é o meu coração. Por isso os biscoitos para ele são sempre especiais, porque cada vez que eu cozinho para ele, entrego meu coração outra vez, e quero que ele saiba disso.—Meu papai também te ama, né? Porque ele sempre te dá chocolates, flores e muitos beijos. —Kate não pôde deixar de sorrir diante da doçura de sua pequena. Estava prestes a responder quando as mãos de Bastien a envolveram pela cintura e ele beijou seu pescoço.—Claro que também amo a mamãe. Ela é a minha vida. —Kate se virou e Bastien a beijou. Ao terminar, Kate passou o dedo cheio de farinha pelo nariz dele.—Meu papai também ama muito a minha mamãe. Ele sempre a