AndreasO inverno estava se aproximando e com ele veio o meu maior tormento.— Senhor Castellini? — Meu motorista me desperta e com uma respiração profunda desvio os meus olhos do jardim para fitá-lo. — Chegamos. — Apenas meneio a cabeça e antes de sair do carro pego o arquivo de Giovanna e adentro a casa silenciosa.Dentro do meu quarto, decido pôr o arquivo dentro do meu cofre com a ressalva de que irei ler mais tarde e começo a me livrar das minhas roupas para ir tomar um banho demorado. É impossível me livrar das imagens da garota estranha que invadiu a minha vida de forma repentina e que está fazendo uma certa diferença em minhas atitudes. Chapeuzinho Vermelho. Penso no seu codinome. Por algum motivo não consigo levá-la ao seu extremo. Eu queria poder devorar a sua alma como fiz com algumas mulheres que ousaram chegar perto demais do meu cora&

GiovannaA aspereza da sua voz entra nos meus ouvidos me faz abrir os olhos que eu sequer havia percebido que fechei. Irritada, grunho em desagrado, largando o tecido com desdém. Respiro fundo e me afasto da vitrine para ir ao encontro de Alba. No ato, sacudo a cabeça para jogar esses pensamentos para bem longe de mim.Meu Deus, Giovanna, o que você está fazendo, garota?!***No dia seguinte… — Nessa noite não existe limites, Gio. — Alba grita mais alto que o som da boate lotada, enquanto balança seus braços para o alto, seguindo o ritmo de uma música dançante. — Nós vamos beber todas. Eu quero que a minha última noite de solteira seja memorável! — E de repente mergulhamos em um mar de corpos suados, no meio de uma pista de dança que mal dá para se mexer. O seu corpo rala no meu e decido me levar por esse momento.— Uhuuu!! — grito envolvida por essa vibe animada e viro o meu copo na boca.É como se todas as vozes finalmente se calassem dentro da minha cabeça. Eu simplesmente não con

Andreas— Uma carona, Senhor Castellini. Você vai me deixar na entrada do meu prédio e vai embora. — Faço um gesto de desdém e abro a porta para ela entrar.— Você quem manda, Chapeuzinho! — retruco, fechando a porta quando ela se acomoda no banco do carona e imediatamente contorno o carro para apossar-me no banco do motorista.O silêncio dentro do veículo é bem-vindo. Enquanto Giovanna olha o tempo todo pela janela, aproveito para refletir sobre a minha atitude dessa noite. E não estou falando no fato de dar uma boa surra em Maxwell. Gostaria de saber por que essa garota está sempre no meu caminho? E por que ela está me fazendo repensar os meus passos? Ah quanto tempo não extravaso na casa de swing? São muitas perguntas sem respostas e eu sinto que está na hora de acabar com esse jogo.— Chegamos, Senhorita Fontan

Giovanna— Oh céus! — gemo quando abro os meus olhos e sinto a minha cabeça latejar como o sino de uma igreja a tinir no processo. — Onde estava com a cabeça quando bebeu daquele jeito, Giovanna? — resmungo para mim mesma, cobrindo o meu rosto com o travesseiro e me viro na cama. Contudo, me sento no colchão e me dou conta de que estou no quarto e na cama de Alba. — Mas como…… Eu vou de táxi. … Não! Eu vou levá-la para casa! … Eu não preciso de uma babá, sabia?! Me lembro do pequeno embate com Castellini.Oh merda, o meu celular! Lamento me deixando cair no colchão outra vez e a minha cabeça volta a protestar. Solto um grunhido de dor e ao virar-me para o outro lado percebo um copo de suco em cima da mesinha de cabeceira. Curiosa, me aproximo e encontro um comprimido co

GiovannaMais alguns passos e ele está perto demais de mim. Castellini desliza as costas de suas mãos pelos meus cabelos e ajeitas os seus fios colocando-os para trás. E enquanto faz isso o seu olhar dominador prende o meu.— Senti sua falta — sussurra um tanto áspero.Ele sentiu a minha falta? O que isso quer dizer?— Senti falta dos nossos jogos. —Ah, claro, os jogos. O que mais seria, sua tonta?— É melhor você ir, Castellini. Hoje não é um bom…Andreas me puxa de volta quando me afasto dele e me cala com um beijo seu. Um beijo tão envolvente capaz de invadir o meu sistema, de fazer estremecer as minhas terminações nervosas e quando as suas mãos possessivas me apertam contra o seu corpo, seguro um gemido apreciativo. Entretanto, me pego o envolvendo também. Logo ele me ergue do chã