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Giovanna… Acontece que eu não acredito em coincidências, Senhorita Fontana … Eu vou descobrir quem é você de verdade, Fontana e eu realmente espero que essa tal coincidência exista... para o seu bem. Porque senão...Adentro o meu escritório com essas palavras ecoando dentro dos meus ouvidos e com dificuldade de respirar, me encosto na porta e levo uma mão para o meu peito.Por que você não desiste dessa loucura? Por que precisa ser tão persistente?… Eu nunca vou desistir de você, pequena.As palavras de Arturo soam como uma melodia e isso deveria me acalmar um pouco, mas me sinto ainda mais agita.— É por isso — falo e vou até um frigobar, pego uma garrafinha d’água e bebo pelo menos a metade dela. — Porque você faria o mesmo por mim. — Me deixo cair

Giovanna… Espero que não fique triste, mas irei passar essa noite com Camilo.Mordo meu lábio inferior.… Tudo bem. Divirta-se bastante.Clico em enviar.… O que você está fazendo?Solto um suspiro alto.… Nada.… Giovanna Fontana, eu te conheço. Você nem implorou.Rio.… Não vou competir com o seu futuro marido, sua louca!Ela me manda um meme de risadas.… Eu vou ficar bem, não se preocupe.Asseguro.… Qualquer coisa, grita o meu nome. Prometo que deixo tudo por você.Meu sorriso se alarga.… Não vou ser culpada de atrapalhar a sua foda. Beijos, te amo!… Te amo mais!— Ok, seu caminho está livre — ralho para a min

GiovannaEle está diferente. Não sei dizer qual parte dele, mas está diferente. É a primeira vez que nos acomodamos a uma mesa, bebemos como dois bons amigos e conversamos sem nos alfinetar. Embora Andreas não revele muito. Nem com palavras, nem com o olhar, nem mesmo um gesto. Contudo, ele é um homem intrigante, envolvente, marcante e até misterioso.— Do que você gosta, Giovanna? — Essa pergunta me pega de surpresa, mas resolvo dar de ombros e responder-lhe.— Ãh, eu adoro pizza e amo ouvir músicas... — Paro de falar quando as suas sobrancelhas se erguem um tanto pretensiosas. — Oh... é... você não está falando disso. — Ele meneia a cabeça em um não.Sinto a minha garganta ficar áspera e imediatamente viro o copo com a bebida na minha boca.Me engasgo e me ajeito em cima da cadeira. Tudo sob o se

GiovannaInsegura, me sento no colchão de frente para ele, sentindo a sua maciez debaixo de mim. Não falo nada e não faço nada, simplesmente porque não sei o que fazer. Mas Francesca se aproxima e começa a fazer uma deliciosa trilha de minúsculos beijos nos meus ombros. Andreas cruza sua perna, leva o indicador abaixo do seu lábio inferior e assiste, como se assistisse um filme na sua sala de estar. Meu corpo ferve com o toque feminino e o meu coração erra algumas batidas quando uma de suas mãos se encaixa entre as minhas pernas e ela me faz abri-las para ele.Queria fechar os meus olhos e me deixar ser absorvida por toda essa luxúria, mas simplesmente mantenho o meu olhar fixo no seu e de alguma forma, me sinto audaciosa, poderosa, afrontosa.— Ah! — Solto um gemido quando os minúsculos beijos ganham outra direção. Meu pescoço, maxilar e p

AndreasViver os prazeres da minha escuridão sempre foi a parte mais fácil da minha dor. Eu escolhi não amar outra vez, porque não quero ter que sentir a mesma sensação de impotência, ou a dor de outra perda. Eu escolhi a devassidão e o prazer carnal para construir a minha zona de conforto. E o fato de ter duas ou três mulheres na minha cama e de dividi-las com outros homens nunca fez qualquer diferença para mim. E confesso quis faz isso com ela. Eu quis mostrar para mim mesmo que ela é só mais uma no meio das tantas mulheres. Mais uma que terei todo o prazer de arrancar os seus gemidos, de fazê-la gritar com o meu prazer, mas a porra toda é que eu não consegui.Eu não consegui entregá-la para outro homem. Pior, eu a resgatei das garras de Ângelo Romano. O que é um erro grave para o estilo de vida que escolhemos viver.— Onde ele

Andreas— Eu estou bem do jeito que estou, Dante. E jamais substituirei a Silvia por outra mulher, porque eu sei que nenhuma dela será igual a ela.— Conversa encerrada. — Dante abre um sorriso. — Será do seu jeito, meu amigo.— Obrigado, velho amigo!… Você está diferente.Pensar nessa frase me causa um certo calafrio, porque eu sei que ele não está tão errado em sua análise. De alguma forma eu me sinto diferente e preciso dá um jeito nisso. Preciso mostrar que ela não exerce qualquer poder sobre mim e que eu ainda estou no controle da situação. Portanto, paro no sinal vermelho e ligo para Francesca.— Oi, bonitão!— Ela ainda está aí? — pergunto com a frieza de sempre.— Oh! — Mas Francesca parece surpresa com a minha interrogação.

Giovanna… Amiga, cadê você?Essa é a terceira mensagem que a Alba me envia em menos de meia hora. E eu sei que ela deve estar uma pilha de nervos. Ela está sozinha – quer dizer, com seu futuro marido e no meio de pessoas estranhas que em breve se tornarão sua família.— Só mais um toque final — sibilo, empurrando um broche de girassol na lateral da minha cabeça, prendendo algumas mechas dos meus cabelos e aprecio o meu look despojado para um jantar em família – uma família que eu também não conheço. Como devo me comportar? Eles são formais ou informais?Bufo com esses pensamentos.… Giovanna, você vem, não é?Mais um Tim de mensagem e resolvo acabar de vez com essa sua ansiedade, enviando-lhe uma mensagem de voz.— Já estou saindo de casa, Alb

Giovanna— Preciso de uma resposta, Fontana. — Seu timbre grosso e firme me faz puxar uma respiração determinada.— Pois eu não tenho uma resposta, Doutor — rosno com firmeza. — Eu preciso pensar. — Seus olhos me avaliam por alguns instantes.— Quanto tempo? — Me livro do seu agarre e me afasto um pouco dele, mas sem deixar os seus olhos.— O tempo que eu precisar. — Ele meneia a cabeça em confirmação.— Vou ficar esperando. — Então ele me dá as costas e entra no carro.— Amiga! — Alba grita, me fazendo olhar na sua direção. Sorrio quando ela corre para mim. Eu abro os braços e recebo uma garota com uma alegria esfuziante. — Quem era? — Ela indaga quando o veículo ganha movimento.— Ninguém.— Ninguém? — Faço um

Giovanna— Nossa, você está péssima! — Alba resmunga assim que adentro a cozinha. — Aconteceu alguma coisa? Você teve uma noite ruim?Nem me fale! Resmungo mentalmente. A minha noite não foi só ruim. Ela foi terrível. Uma mistura de sonhos onde Andreas surgia sempre a espreita, sempre me vigiando. A sensação de medo sempre me apavorava. Senti que a minha vida estava por um fio. Gritei por Arturo, à medida que corria por uma névoa densa. A sensação de que o perigo era o meu pior adversário e quando pensei que o meu momento chegou, Andreas me segurou em seus braços e me protegeu.É esquisito pensar que o meu inimigo me protegeria do que quer que fosse. Porque eu bem sei que Andreas Catellini joga do outro lado desse time e que ele jamais iria contra Dante Vascari.— Bom dia para você também! — retruco ap&oa

Giovanna— Você não me parece bem. — Ele comenta horas depois quando estamos dividindo uma banheira com a água renovada.A pergunta é; o quanto ele me conhece para fazer esse comentário?— Normalmente você não é calada assim. — Andreas deixa um beijo preguiçoso no meu ombro.Deve ser porque você resolveu assombrar os meus sonhos? Ou invadir os meus pensamentos? Ou o fato de sempre conseguir o que quer de mim? Acho que tudo isso junto.— Eu não estou bem. — Me pego confessando e sem eu esperar, Andreas me faz sentar em seu colo e de frente para ele.Fito seus cabelos molhados e arrumados para trás. Uma feição rígida e um olhar intenso analisando o meu rosto e os seus lábios se comprimem antes de falar.— Por que eu vejo uma dor em suas retinas? — Diferente das outras vezes

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