Ponto de vista de Serena BianchiEcos do sequestro ainda estavam em minha cabeça, naquela manhã, eu sabia que algo estava errado… Eles eram profissionais, Os alarmes só soaram quando a van preta, sem placas e com vidros escuros, já estava fora dos limites da propriedade, eu conseguia escutar de onde estávamos. Dentro dela, o ar era gélido.Lucas estava nos meus braços. Seus olhos atentos vasculhavam o interior da van, mas ele não chorou. Não gritou. Talvez sentisse o meu medo, e por isso se calou, como se soubesse que precisava ser forte por mim. Aquilo me despedaçava por dentro. Eu queria protegê-lo, afastá-lo daquele cenário surreal, mas a única coisa que podia fazer era mantê-lo junto ao meu corpo, o mais perto possível, como se meu calor pudesse barrar o mundo cruel que nos envolvia.Um dos homens se virou para mim. Era moreno, com olhos escuros e uma barba milimetricamente aparada. Não havia agressividade em sua expressão — apenas um pragmatismo assustador.— Senhora Bianchi —
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