Marla, em seu apartamento, sentia o telefone em suas mãos tremer, não pelo aparelho, mas pela intensidade de sua própria raiva. A voz de Henrique, fria e definitiva ao dar o ultimato, ecoava em sua mente. Era uma sentença, um exílio imposto de forma humilhante. Seu plano, cuidadosamente tramado para desestabilizar o relacionamento de Bárbara e Henrique, havia desmoronado como um castelo de cartas. A humilhação era insuportável. Ela, Marla, que sempre se considerou indispensável, a "verdadeira" paixão de Henrique, estava sendo descartada como um incômodo qualquer. A ideia de que Bárbara havia "vencido" a levava à beira da loucura. Seus dedos apertavam o celular com tanta força que os nós dos dedos estavam brancos. — Como ele pôde fazer isso? — sibilou para si mesma, a voz rouca de indignação. — Depois de tudo o que passamos, de todos os anos... Ele a escolheu! A imagem de Bárbara, tão serena e segura de si, surgiu em sua mente, atiçando ainda mais sua fúria. O sorriso presunços
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