Ana cantarolava baixinho enquanto descia os degraus da entrega da manhã, a caixa térmica de isopor mais leve em suas mãos. Essa entrega da confeitaria foi bem perto da orla, o mar está rugindo ao fundo, a brisa fresca é boa, agora que está concluída, era só voltar. Estava quase no meio-dia, Ana foi caminhando pois era bem perto e agora ela já pensava em almoçar e descansar os pés.Distraída no celular, avisando Maria que terminou, ela virou a esquina da rua e, sem aviso, sentiu um impacto. A caixa térmica pendeu, quase escapando de suas mãos, e ela tropeçou para trás. À sua frente, um homem alto, de boné e óculos de sol, ajeitava a alça do cooler. Era visivelmente um turista, com uma câmera pendurada no pescoço._ Epa! Me desculpe, moça, ele disse, com um sotaque carregado e um sorriso que Ana achou, de imediato, um pouco demais. Os olhos, mesmo por trás das lentes escuras, pareciam avaliá-la.Ana se recompôs, ajeitando a caixa. _ Tudo bem, foi rápido, ela respondeu, tentando soar ed
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