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Capítulo IV: Um encontro nada inesperado.

Alexandra estava em seu apartamento, um espaço acolhedor com toques de sua personalidade vibrante, livros, discos, abajur com lenço criando um clima envolvente misturado com cheiro de canela de um chá feito  mais cedo e de flores do perfume de Alex. Ela usava um vestido de algodão leve e confortável, e uma parte da sua mente, de forma quase inconsciente, imaginava como Sean adoraria observar e, de forma menos platônica, tirá-lo. (Mas por que raios ela pensou nisso? Aquela imagem a pegou de surpresa. Mordeu os lábios, um gesto de auto repreensão. Maldito homem diabólico, ela pensou, tentando afastar a ideia). Estava sentada no sofá, com o livro em francês aberto no colo e uma taça de vinho elegantemente em uma das mãos, mas seus pensamentos estavam longe das palavras na página.

O encontro inesperado com Sean na livraria a havia deixado profundamente perturbada. Ela tentava racionalizar a situação, dizendo a si mesma que foi apenas uma coincidência, que não significava nada. Mas a verdade é que o sorriso dele, o modo como ele a olhou, a forma como suas mãos roçaram... tudo havia mexido com ela de uma maneira que ela não queria admitir. Havia uma atração inegável, um magnetismo que a puxava em direção a ele, desafiando toda a sua lógica.

Com um suspiro de frustração, Alexandra desviou o olhar do livro. Sua mente estava agitada demais para se concentrar em qualquer coisa que não fosse a imagem persistente de Sean. Sem pensar muito, pegou o celular e abriu o aplicativo de uma rede social. Digitou o nome dele. E então, as fotos apareceram.

Imagens dele na praia, com o corpo molhado pela água salgada, os músculos definidos pela sunga de praia escura. Fotos dele na academia, o corpo suado, o peito largo, os braços fortes. Seus olhos castanhos, que eram um lago de serenidade em meio à sua busca por razão, agora fixavam-se na tela, traindo sua própria intenção e se tornando avermelhado, um espelho de seus sentimentos implícitos. Um calor subiu por sua pele. Ela conseguia sentir o cheiro de suor misturado com o perfume, uma fragrância que a arrebatava. Ela se viu desejando aquela cintura em volta de seu quadril, a forçando contra ele, rendida nos braços dele. Seu corpo não obedecia ao seu raciocínio, traindo-a e deixando-a mais excitada do que devia. Ela se sentia... consumida. Sua mente gritava para resistir, para ignorar, mas a corrente de desejo era avassaladora. Em um instante, ela quase podia sentir o abraço dele, o cheiro de sua pele, o desejo em seus olhos. A imaginação se tornou uma tortura deliciosa. E o mais assustador: ela sentia que podia se afogar naqueles olhos negros e profundos, e inconscientemente, uma parte dela amaria se perder ali, naquele abismo que prometia tanto.

Ela se levantou bruscamente e caminhou até a janela, observando as luzes da cidade. A cena das fotos persistia em sua mente, a sensação do desejo que a invadia. A proposta de trabalho em Paris ainda estava sobre a mesa, esperando uma resposta. Uma parte dela ansiava por aceitar, por começar uma nova vida em um lugar diferente, longe da constante presença de Sean, longe desse desejo avassalador que a perturbava. Mas outra parte, uma voz teimosa e irracional que reconhecia aquela conexão inegável, hesitava em deixar Itajaí, em deixar Sean para trás.

Ela se lembrou da conversa com Camila no café. "E o que te prende aqui, além da sua carreira atual?" A pergunta da amiga ecoava em sua mente. Ela sabia a resposta, mesmo que não quisesse admitir em voz alta. Era Sean. Apesar de sua reputação, apesar de suas dúvidas, havia uma inegável atração entre eles, uma conexão que a intrigava e a assustava ao mesmo tempo, um magnetismo que parecia desafiar toda a sua racionalidade.

Ela suspirou, o ar pesado de emoções conflitantes. Voltou para o sofá, pegando o livro novamente, as mãos um pouco trêmulas. Precisava se concentrar, se distrair, apagar a imagem da tela e a sensação de seu corpo em chamas. Mas a imagem do rosto de Sean sorrindo para ela na livraria e a visão das fotos em sua mente persistiam. Era como se a sua própria batalha interna por controle estivesse sendo travada ali, nas páginas do livro, e ele, com sua presença, tivesse invadido não apenas seus pensamentos, mas sua própria fortaleza interior.

Neste momento seu telefone vibra, é uma mensagem de Camila a convidando para sair, Alexandra da um sorriso malicioso e pensa que vai ser bom sair, seus pensamentos em Sean esta sendo muito absurdos, intrusivos, e extremamente inebriantes, o melhor é se ocupar, quem sabe com outras coisas...Talvez essa noite será promissora...

O bar pulsava com uma energia vibrante. Luzes indiretas em tons âmbar e azul criavam uma atmosfera elegante e sedutora. A música lounge preenchia o ar sem abafar as conversas animadas. Alexandra estava em um canto mais reservado, com seu grupo de amigas. Ela vestia um vestido preto justo que realçava suas curvas de forma elegante, e seus cabelos ruivos estavam soltos, com ondas definidas que emolduravam seu rosto. Ela ria de algo que uma amiga contava, mas seus olhos, quase que por instinto, percorriam o ambiente discretamente.

Camila, sentada ao lado de Alexandra, com seus olhos verde-esmeralda e um sorriso ligeiro, inclinou-se um pouco. "Alex, você não vai acreditar em quem acabou de entrar. E não, não estou falando daquele seu colega de faculdade que nunca te esquece."

A risada de Alexandra cessou. Sua atenção foi subitamente capturada por um homem que acabava de cruzar a porta do bar. Era Sean. Ele estava impecável em um terno escuro de corte moderno, a camisa branca levemente aberta no colarinho, revelando uma sugestão de sua musculatura. Seu cabelo estava penteado de forma casual, e seus olhos escuros brilhavam com uma intensidade magnética enquanto ele varria o local, aquele olhar — diabolicamente irresistível — como se procurasse por alguém.

Ele parecia ainda mais alto e imponente fora do ambiente de trabalho. Havia uma aura de poder e sofisticação que o tornava irresistível, e Alexandra não conseguia, nem por um momento, disfarçar o impacto de sua presença. Várias mulheres no bar lançavam olhares discretos em sua direção, parecendo mover-se em câmera lenta em um ambiente que, de repente, pareceu vazio de tudo, exceto por ele. Alex só o observava, sua presença era magnética e inebriante. E enquanto o observava, Alexandra sentiu um calor conhecido subir pelo seu corpo, uma corrente elétrica que se irradiava do peito. Seus olhos castanhos, antes um lago sereno de racionalidade, ganhavam um tom avermelhado, como brasas acesas sob a superfície do mel, traindo a calma que ela tentava manter. Era um fogo interno que ela não conseguia controlar, um desejo que parecia tão real quanto irreal.

Os olhos de Sean finalmente encontraram os de Alexandra. Por um instante, o tempo pareceu parar. Um sorriso sutil e conhecedor se formou nos lábios dele, um sorriso que não era nem presunçoso nem excessivamente amigável, mas carregava uma promessa de algo mais, algo que Alexandra inocentemente queria muito provar, mesmo sabendo o perigo. Ele acenou levemente com a cabeça, um gesto quase imperceptível, antes de se virar para conversar com o recepcionista.

Camila, com aquele sorriso perspicaz que não deixava nada passar, cutucou Alexandra no braço. "Então, ele tem um radar para você, não é? Como ele sabia que a gente estaria aqui? Contou pra ele, Alex?" Havia uma pontada de humor na voz dela, mas também uma genuína curiosidade.

Alexandra (sentindo o rosto corar, mas tentando manter a compostura): "Claro que não, Camila! Ele deve estar aqui por algum motivo de trabalho, sei lá... ou talvez só tenha vindo beber algo." Sua mente, no entanto, sabia que não era coincidência. Seu corpo ainda vibrava com a intensidade do olhar de Sean. O "diabo" sabia o que estava fazendo, e ela, apesar de todo o esforço, não conseguia se afastar da sua órbita.

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