O sol já começava a se pôr quando Caio levantou do sofá, esticando os braços como quem quer espantar o cansaço do dia. Eu ainda estava ali, sentada no tapete da sala, com o laptop no colo e a cabeça cheia de pensamentos que se recusavam a se organizar. — Já sabe de alguma coisa? — ele perguntou, tentando parecer casual, mas o tom carregava uma ansiedade que ele não conseguia disfarçar. Fiz um esforço para manter a voz firme, mesmo quando meu coração batia mais forte que o normal. — Ainda não. Mas a entrevista foi hoje cedo, lembra? Eles disseram que iriam me responder até amanhã. Caio se aproximou, sentando ao meu lado no tapete, o rosto mais próximo do meu do que eu esperava. — Então a primeira rodada da rodada por minha conta fica para depois de amanhã? Sorri, mordendo o lábio. — Se eu conseguir o emprego, prometo que é para valer. Aquela promessa pairava no ar, fazendo com que a distância entre nós parecesse um campo de energia elétrica. No dia seguinte, o telefone
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