A noite chegou suave, envolvendo Raventon com uma brisa cálida e silenciosa. As estrelas, pela primeira vez em muito tempo, não pareciam ameaçadoras. Havia paz no ar — uma paz rara, conquistada com suor, sangue e coragem.Brianna se demorava no jardim dos fundos, sentada entre ervas recém-plantadas. Os dedos acariciavam o caule de uma arruda, enquanto sua mente vagava.Sentia o corpo cansado, mas era uma fadiga doce. A exaustão de quem havia vencido. Ainda assim, o coração pesava — não de dor, mas de desejo. Um desejo calado, contido por muito tempo. Que agora pedia passagem.Sentiu a presença de Peter antes mesmo de ouvi-lo.— Está tudo bem?Ela ergueu o olhar. Ele estava ali, encostado na porta, os braços cruzados, descalço, com a camisa aberta no peito. A lua iluminava os fios castanhos que caíam sobre seus olhos, e a expressão dele era de calma… e espera.— Acho que sim — disse ela. — Ou quase.Ele se aproximou, sentando-se ao lado dela sem dizer mais nada. Ficaram assim, em silên
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