O som da campainha ecoou pela casa, cortando o silêncio calmo daquela manhã. Alejandro franziu o cenho ao olhar pela janela e reconhecer a silhueta familiar do outro lado do portão. Seu corpo enrijeceu no mesmo instante, e Natalie, que arrumava a mesa do café, percebeu a mudança nele. — Quem é? — ela perguntou, olhando para o rosto sério do marido. — Verónica — ele respondeu, seco. Natalie nem precisou de mais explicações. A tensão no ar já era suficiente. Verónica Rojes, a mãe de Alejandro, estava ali — e nunca vinha sem motivo. Ele abriu o portão com relutância, e Verónica entrou como se fosse dona do espaço, os saltos ecoando sobre o piso da varanda, os óculos escuros escondendo os olhos inquisidores, mas o sorriso no rosto... aquele típico, polido demais para ser verdadeiro. — Alejandro — disse ela, com um aceno breve de cabeça. — Soube que Natalie voltou… E, claro, não poderia deixar de ver minha neta. — Bom dia pra você também, mãe — ele respondeu com ironia, dando u
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