A luz da manhã invadia o apartamento com delicadeza, dourando o chão de madeira e deixando o ar com aquele silêncio típico de domingo. Natalie encarava o próprio reflexo no espelho, penteando os cabelos devagar, como se cada movimento servisse para acalmar o turbilhão dentro dela.
Usava uma blusa de tecido leve e uma calça jeans de corte reto. Simples. Sóbria. Como se quisesse passar despercebida, quando por dentro tudo nela gritava.
Malu surgiu à porta do quarto, com um sorriso discreto e Amaya aninhada nos braços, adormecida com os cílios delicados tocando as bochechas rosadas.
— A pequena está pronta — disse em voz baixa. — E você?
Natalie soltou um suspiro leve, indo até elas. Pegou a filha com o cuidado de quem segura o mundo nos braços.
— Não sei se estou — confessou, num sussurro. — Mas aceitei. Então… vamos.
Malu assentiu, compreensiva, mas com o olhar atento. Sabia o que aquele almoço representava. Os pais de Natalie tinham insistido no convite — queriam conhecer