Clara acordou com uma sensação de urgência, como se o tempo estivesse passando mais rápido do que ela imaginava. A decisão que ela havia adiado por tanto tempo agora parecia inevitável. Ela não podia mais escapar das responsabilidades que pairavam sobre sua vida e sobre sua família. Seu pai, em sua teimosia e orgulho, havia colocado todos em uma situação que parecia sem saída, e Clara sabia que, ao tomar uma decisão, teria que arcar com as consequências. Não seria fácil, mas já não havia mais como adiar. Olhou para o relógio. Era cedo, mas ela já se sentia exausta, como se o peso do mundo estivesse sobre seus ombros. Levantou-se e caminhou até a janela. O céu ainda estava tingido de azul escuro, e o sol começava a surgir timidamente no horizonte, prometendo mais um dia cheio de incertezas. Clara sempre gostou de acordar cedo, quando o mundo ainda estava em silêncio, permitindo-lhe pensar sem distrações. Era nesse silêncio que ela tomava suas decisões mais difíceis, e hoje não seria
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