O escritório estava mais silencioso do que de costume naquela manhã. Clara chegou cedo, como sempre, mas havia algo diferente no ambiente. Talvez fosse o fato de que ela estava carregando uma decisão consigo, uma decisão que ainda não sabia como tomar, mas que, de alguma forma, já começava a afetar tudo ao seu redor. Gabriel havia ido embora, como combinado, sem pressioná-la, mas Clara sabia que a pressão não vinha dele. A verdadeira pressão estava dentro de si mesma. Ela tinha que lidar com os sentimentos, com os fantasmas do passado, e, acima de tudo, com o futuro. Ele estava ali, à frente dela, esperando por algo que ela ainda não sabia definir. Ela se sentou em sua mesa, mas não conseguiu focar no trabalho. O dia parecia interminável. As palavras de Gabriel ainda ecoavam em sua mente: "Eu nunca te esqueci." O que isso realmente significava? Ela se perguntou. Ele estava falando de amor, de arrependimento, ou de algo mais? Ela não tinha respostas para essas perguntas, e o silêncio
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