Carolina BorgesFinalizo meu plantão e vou ver como está a Juliana. Espero que ela tenha conseguido dormir, já que durante a madrugada ficou inquieta, sentindo alguns desconfortos. Felizmente, encontro-a sentada, tomando café, o que significa que acordou cedo. Aproximo-me, dou um beijinho no topo de sua cabeça e sorrio.— Como passou a noite, querida? — pergunto.Ela faz uma careta e passa a mão na barriguinha pontuda.— Estava sentindo um desconforto nas costas, como uma cólica bem fraquinha, sabe?Suspiro pesado, preocupada, porque sei o que isso pode significar.— Juliana, se continuar assim, chame a enfermeira e conte a ela o que está sentindo. Isso pode ser sinal de trabalho de parto. Mas acredito que seja só estresse de ficar aqui dentro sem fazer nada, em vez de estar em um shopping gastando dinheiro… O que me lembra que poderíamos sair para gastar um pouco. O que acha? — tento animá-la.Ela olha para o café com certa incerteza.— Estou precisando urgente de agasalhos. Minha ci

Bruno AlcântaraAcordo cedo e trato de resolver tudo o que preciso para deixar o dia encaminhado. Visto uma bermuda clara, uma camiseta de malha e tênis, desço as escadas ansioso. Quero ver se minha mãe e a Fátima já organizaram as coisas para poder trazer a Carol para tomar com a minha mãe e principalmente para apresentá-las.Quando chego à cozinha, vejo Fátima ajeitando a mesa com o cuidado que ela sempre teve com a minha família. Aproximo-me e dou um beijo em sua testa, agradecido pelo seu carinho. Ela foi uma presença constante em nossa vida, ajudando minha mãe desde que eu era pequeno, especialmente nos momentos mais difíceis, como quando perdemos meu pai.— Bom dia, Fátima, está tudo lindo aqui. Minha mãe já acordou? — pergunto, olhando ao redor, quando não a vejo.— Bom dia, menino. Ivone já levantou, deu uma saída rápida, mas já está voltando — responde, colocando as mãos no meu rosto com aquele cuidado que só ela tem.— Estou tão feliz que você tenha encontrado essa moça. Esp

Carolina BorgesSentia-me naquelas cenas de filme em câmera lenta, com uma música romântica de fundo, que faz o resto sumir. Era exatamente assim que me senti ao abrir a porta.Diante de mim, um quarto decorado com rosas de todas as cores. Na cama, um jogo de lençol branco de cetim, um balde com espumante com taças e alguns chocolates ao lado. No teto, ao redor das luminárias, cascatas de mini buquês, pétalas cobriam o chão. Sinto-me em êxtase, quase como se estivesse sonhando.E ali está ele, Bruno. Um homem que, eu sei que pode ser cruel e implacável com os outros, mas que, naquele momento, se mostra absurdamente romântico. Fico tão em choque que não consigo falar nada. Ele me conduz até a cama, dizendo algo que não consigo entender.Minha mão vai até seu rosto, acaricio-o e sorrio, enquanto uma lágrima escorre pelo meu rosto.— Você conseguiu me surpreender de verdade — murmuro, emocionada. — Tudo isso, o café da manhã, o passeio de barco e agora essa delicadeza… eu sei que você es

Alex SpanosFinalmente, Demétrius chega do Brasil. Espero que ele traga boas notícias sobre a pesquisa envolvendo Carolina.Já estou aqui há alguns dias, e minha mãe continua na mesma. Todos os exames foram feitos, mas ela permanece em coma profundo. Os médicos dizem que não podem fazer mais nada; agora é somente com ela e com o tempo que seu corpo precisar para se recuperar.Minha irmã e meu pai se revezam para ficar ao lado dela. Enquanto isso, tive que assumir os negócios da família até que meu pai consiga assimilar tudo o que está acontecendo. Já deixei claro que não posso ficar aqui por muito tempo; tenho outros compromissos urgentes. E, para ser honesto, a ideia de Carolina estar com alguém me atormenta.Estamos trocando mensagens nos últimos dias. Hoje de manhã, ela estava ocupada, provavelmente em um plantão. Vou esperar até mais tarde para enviar outra mensagem. Hoje mesmo, pretendo mandar uma lembrança para ela. E espero que goste.Estou sentado no escritório do meu pai, ana

Bruno AlcântaraChegamos à inauguração, e não vou negar: minha vontade é declarar na frente daqueles repórteres que a Carol é minha. Mas entendo o medo dela. Não é fácil se envolver com alguém que carrega um passado como o meu. Sei que ela teme pelo próprio bem-estar e, sinceramente, se algo acontecesse com ela por minha causa, eu jamais me perdoaria. Então, no fundo, ela tem razão.Entramos juntos, e passo o braço ao redor de sua cintura. Me condenem se quiserem, mas, depois da manhã maravilhosa que tivemos, hoje vou me permitir dizer, nem que seja em silêncio, que ela é minha. Ela me olha e sorri, um sorriso lindo, que só confirma o que sinto.A festa está impecável e a boate lotada. Convidamos artistas, influenciadores e até um DJ renomado. Quero que as críticas sejam positivas e que a casa se firme no mercado.— Bruno, aqui está lindo. Você se saiu muito bem na organização. Tenho certeza de que terá um público fiel e grande sucesso. Parabéns. — Ela fala com sinceridade, enchendo m