Bruno Alcântara
Acordo cedo e trato de resolver tudo o que preciso para deixar o dia encaminhado. Visto uma bermuda clara, uma camiseta de malha e tênis, desço as escadas ansioso. Quero ver se minha mãe e a Fátima já organizaram as coisas para poder trazer a Carol para tomar com a minha mãe e principalmente para apresentá-las.
Quando chego à cozinha, vejo Fátima ajeitando a mesa com o cuidado que ela sempre teve com a minha família. Aproximo-me e dou um beijo em sua testa, agradecido pelo seu carinho. Ela foi uma presença constante em nossa vida, ajudando minha mãe desde que eu era pequeno, especialmente nos momentos mais difíceis, como quando perdemos meu pai.
— Bom dia, Fátima, está tudo lindo aqui. Minha mãe já acordou? — pergunto, olhando ao redor, quando não a vejo.
— Bom dia, menino. Ivone já levantou, deu uma saída rápida, mas já está voltando — responde, colocando as mãos no meu rosto com aquele cuidado que só ela tem.
— Estou tão feliz que você tenha encontrado essa moça. Esp