Carolina Borges
Finalizo meu plantão e vou ver como está a Juliana. Espero que ela tenha conseguido dormir, já que durante a madrugada ficou inquieta, sentindo alguns desconfortos. Felizmente, encontro-a sentada, tomando café, o que significa que acordou cedo. Aproximo-me, dou um beijinho no topo de sua cabeça e sorrio.
— Como passou a noite, querida? — pergunto.
Ela faz uma careta e passa a mão na barriguinha pontuda.
— Estava sentindo um desconforto nas costas, como uma cólica bem fraquinha, sabe?
Suspiro pesado, preocupada, porque sei o que isso pode significar.
— Juliana, se continuar assim, chame a enfermeira e conte a ela o que está sentindo. Isso pode ser sinal de trabalho de parto. Mas acredito que seja só estresse de ficar aqui dentro sem fazer nada, em vez de estar em um shopping gastando dinheiro… O que me lembra que poderíamos sair para gastar um pouco. O que acha? — tento animá-la.
Ela olha para o café com certa incerteza.
— Estou precisando urgente de agasalhos. Minha ci