O sábado amanheceu preguiçoso, com um sol tímido espiando pelas frestas da cortina do quarto de Eloise. Ela acordou primeiro, mas ficou alguns minutos olhando o teto, tentando decidir se valia a pena sair da cama. Quando virou a cabeça, viu Jason sentado na poltrona, já de camiseta preta e calça jeans, mexendo no celular.— Você não dorme? — perguntou ela, a voz ainda sonolenta.— Dormi. Muito bem, a propósito. — respondeu ele, sorrindo de lado. — Achei que podíamos aproveitar o dia. O céu está limpo, e você me prometeu que ia me mostrar “o lado divertido de Vancouver”.Eloise riu, sentando-se.— Acho que inventei isso pra te convencer a vir comigo fazer compras.— Pois é. Mesmo assim cumpra sua promessa — disse ele, levantando-se. — Mas antes, café.Na cozinha, Jason mexia na frigideira com habilidade, preparando panquecas, graças ao tempo que estava passando com Eloise ele se tornou especialista nisso, apesar de ainda ser um desastre com outras comidas. Eloise, enrolada no roupão,

O dia seguinte estava preguiçoso, com um céu pálido filtrando luz pelas cortinas da sala de Katherine. Walter já estava ali fazia um tempo, sentado no tapete com Alisson e com Elisa no colo. A garotinha ria alto enquanto ele empilhava blocos coloridos e fingia que eram castelos.— Esse aqui vai ser o maior castelo do reino — disse Walter, equilibrando um bloco instável no topo.— Vai cair! — Alisson avisou, olhos arregalados.— Não vai, não. Eu sou engenheiro certificado em blocos de montar.O castelo ruiu no mesmo instante, espalhando peças por todo lado. Elisa caiu na gargalhada, batendo palminhas. Katherine observava da porta, rindo também.— Bom trabalho, engenheiro — ela disse, entrando com uma caneca de chá. — Quer que eu faça um café?— Eu aceito — respondeu Walter, com um sorriso preguiçoso.Foi então que ouviram o portão abrir. Noah apareceu primeiro, carregando um pacote embrulhado em papel colorido, seguido por Jinx, que trazia uma sacola de compras.— Bom dia, povo! — anun

Antes que Adrian pudesse agir, um caminhão surgiu de repente, fechando sua faixa e o empurrou para fora da estrada. Adrian tentou desviar, mas não adiantou.— Droga! — Adrian murmurou, batendo no volante.Enquanto isso, o carro de Eloise seguiu adiante, isolado. O veículo na frente dela piscou os faróis como se lhe mandasse um sinal, mas na verdade era um sinal aos aliados.Eloise franziu o cenho.O sedã posicionado bem na sua frente, reduziu bruscamente a marcha. Ela freou instintivamente, sentindo o coração saltar no peito. Antes que pudesse reagir, um carro parado no acostamento também entrou na pista, fechando-a pelo lado.— Mas o que…?Ela olhou ao redor. Aquela parte da estrada estava quase deserta. Nenhum outro carro visível.O sedã à frente diminuiu mais ainda a velocidade até obrigá-la a parar completamente. O outro veículo emparelhou pelo lado do passageiro. Alguém desceu devagar, revelando um homem de boné escuro e expressão neutra. Ele se aproximou e fez um gesto com a mão

Jason ficou imóvel por alguns segundos, como se o cérebro se recusasse a processar o que Adrian acabara de dizer. O ar parecia rarefeito no apartamento, e a pressão no peito aumentava a cada batida do coração.— Eles… levaram ela? — Repetiu num fio de voz.— Sinto muito, senhor. Eu não tive nem chance de tentar impedi-losAdrian tinha um semblante cheio de culpa.Jason fechou os olhos, passou as mãos pelo rosto e se moveu abruptamente. — Droga! — O rugido fez ecoar nas paredes. Ele começou a andar de um lado para o outro, cada passo apressado e nervoso. — Eu devia ter previsto isso. Eu devia… — Ele interrompeu a frase, seus punhos estavam cerrados. — Como conseguiram chegar ir tão longe sem você poder fazer nada?— Foi tudo muito bem planejado, senhor — Adrian tentou justificar. — Eles sabiam exatamente o que estavam fazendo. Usaram um caminhão para me tirar da estrada.Jason respirou fundo, buscando clareza em meio aos seus pensamentos conflituosos.— Se encostarem um dedo nela…A f

— O que isso quer dizer? O que vocês vão fazer com o Jason? O sorriso de Jonas se fechou um pouco, como se tivesse revelado mais do que deveria. — Isso não é assunto para você, Eloise. — Ela se arrepiou com o tom dele. — Venha comigo. — Ele fez um gesto para a porta. — Quero mostrar o quarto onde você vai ficar. Eloise não tinha escolha. Endireitou os ombros, como se quisesse manter a dignidade mesmo naquela situação absurda, e o seguiu pelo corredor estreito. Jonas abriu uma porta no fim do corredor. O quarto era simples, mas bem arrumado, como se ele tivesse preparado aquele espaço esperando por ela. A cama estava coberta com lençóis novos, um abajur estampado no criado-mudo e havia até flores em um vaso sobre a cômoda. — Aqui será o seu lugar — disse ele, quase solene. — Quero que se sinta confortável. Eloise entrou, olhando em volta com desgosto. — Me diga uma coisa — ela começou, com a voz firme, mesmo que por dentro tremesse. — Você também pretende me obrigar a dor