Sophia vestia-se com mãos trêmulas enquanto Alexander falava com Davi ao telefone novamente, dando instruções curtas, diretas, com aquele tom autoritário que dominava qualquer ambiente. Mesmo ali, no quarto ainda com o aroma dos dois misturado aos lençóis, a atmosfera se tornava cada vez mais carregada de tensão.— Carolina está em segurança — disse ele ao desligar. — Mas isso foi um recado. Ele está disposto a passar por cima de tudo… e de todos.Sophia parou à frente do espelho, prendendo o cabelo em um coque improvisado. Seu reflexo não mostrava mais uma mulher fragilizada. Havia força nos olhos, decisão no gesto. Quando se virou para encará-lo, já estava pronta para o que viesse.— Eu disse que iria com você, e vou.Alexander aproximou-se lentamente, os olhos cravados nela como se fosse a primeira vez. Ele estava tenso, os músculos do pescoço visivelmente rígidos, mas ao se aproximar, a raiva deu espaço a algo mais.— Tem certeza? Porque, a partir de agora, não existe mais retorno
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