Dilan Ricci Segurei minha mãe firme, nos braços, assim que ela acordou. Minha mãe abriu os olhos devagar, confusa, e por um segundo achei que fosse desmaiar de novo. — Mãe — chamei, a voz trêmula — sou eu. Ela me encarou como se quisesse ter certeza de que era real, e então, chorou. Chorou um choro tão profundo que senti como se a alma dela se quebrasse inteira. — Dilan, meu filho. — disse, quase sem ar, e me puxou para um abraço que me esmagou. Naquele momento, entendi que, apesar de tudo, ainda havia um lugar para mim ali. O meu pai, também se aproximou. Ele nos envolveu num abraço, e senti o calor de uma família que eu sempre sonhei reencontrar, mas nunca tive coragem de acreditar que um dia teria. — Você voltou, Dilan — ele repetiu, emocionado. — Você voltou pra casa. Ficamos assim, abraçados, reconstruindo em silêncio cada pedaço que tinha sido arrancado da gente. Minutos depois, todos sentados na sala, eu comecei a contar minha história. — Eu não lembro do i
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