Isabella Duarte Ricci Eu o encarei por alguns segundos em silêncio. A máscara cobria metade do seu rosto, mas seus olhos estavam ali, expostos… e neles, por mais que tentasse esconder, não havia o mesmo brilho. Não era o olhar que costumava me fazer tremer de desejo e amor, tampouco o olhar do homem por quem fui capaz de perdoar traições, mentiras e até o fato dele ter tido uma filha com outra mulher, mas eu tinha certeza que aquele não era o Dimitri. Meus dedos formigaram. Senti uma vertigem leve, como se o mundo estivesse girando mais rápido do que meu coração podia acompanhar. Um nó se formou em minha garganta, mas me forcei a sorrir. Um sorriso pequeno, falso, que mais parecia um disfarce, tão frágil quanto o dele, mas eu não seria como ele, iria me forçar a sustentar o disfarce de acreditar que ele era o homem que eu amo. — Na verdade, meu amor, mesmo que não pareça nada morto, dentro de você algo morreu — murmurei, aproximando meu rosto do dele como se eu quisesse sentir s
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