Todos los capítulos de Depois do Divórcio: Você será minha: Capítulo 11 - Capítulo 16
16 chapters
Um momento especial e único...
Dimitri Carter O corredor da UTI neonatal é um universo suspenso, luzes suaves, monitores que pipocam como estrelas distantes, vozes sempre em um tom abaixo do mundo real. Há dois dias vivo aqui dentro, vendo cada minuto esticar‑se e encolher em compassos irregulares; tudo depende da respiração dela. Minha filha. Parei diante da incubadora como quem chega a um lugar sereno. Por trás do acrílico, o corpo minúsculo se agitava em sonhos que eu não conseguia alcançar. Tubos, sensores, a luz azul do fototerápico… cada fio traduzia a delicadeza que eu não fora capaz de proteger. —Respira, Dimitri—repeti baixinho. Palavras vazias, mas era o que eu tinha. — Você já conversou com ela hoje? —A voz às minhas costas era suave, musical. Virei‑me. A enfermeira trazia no crachá o nome Mônica. Olhos cor de mel e aquela expressão de quem parece ter coragem. — Falei um pouco — murmurei. — Mas sempre parece insuficiente. Mônica sorriu, aproximando‑se da incubadora. Ajeitou delicadamente um sens
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O verdadeiro amor insiste, mas nunca desiste...
Dimitri Carter Três meses se passaram entre o primeiro contato pele a pele e este momento em que o elevador do prédio, lento como sempre, anuncia o térreo com um ding abafado. Tenho Bella aconchegada num canguru, pequenina, mas já absurdamente maior do que aquela versão iluminada de fios e sensores. E à minha esquerda, carregando duas mochilas, um estetoscópio pendurado no pescoço, está Mônica.O corredor do edifício parece mais longo do que recordo. Talvez porque, pela primeira vez, vou atravessá‑lo como pai em tempo integral, sem beeps de saturação ditando o compasso. Ainda estranho o silêncio que substituiu a sinfonia eletrônica da UTI.— Respira, Dimitri — lembra Mônica, divertida, devolvendo‑me as próprias palavras de meses atrás.Obedeço. Inspiro fundo o cheiro do perfume suave de lavanda vindo do gorro de Bella. O som do meu coração já não encontra rivais mecânicos, ecoa livre, feito bumbo de escola de samba na avenida.A porta se abre para um ambiente transformado. Enquanto
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Você me deixa louca...
Isabella Duarte RicciEu não conseguia dormir. Fiquei na poltrona do quarto dos meus meninos, o telefone aceso como um farol, relendo cada palavra que Dimitri enviou. A saudade nadava em mim havia meses, mas só agora percebo o quanto me afoguei tentando fingir que estava tudo bem. Ele escreveu lar e alguma coisa dentro do meu 2 peito estalou , porque era essa a minha falta: um lugar onde o amor não precisasse pedir licença.Às quatro da manhã, decidi, eu ainda estava insegura, mas não voltaria atrás. Beijei cada bochecha macia dos meus bebês, deixei leite materno na geladeira, dei um sorriso inseguro para a babá de plantão:— Volto o mais breve possível.Pego a chave que ainda guardo desde o tempo em que nós havíamos nos divorciado. A cidade está úmida, cheirando a madrugada e jasmim, quando estaciono diante do edifício. O elevador sobe lento, cada número acendendo como batidas ansiosas.A porta do apartamento se abre, após eu virar a maçaneta, sem ranger. Eu sussurro:— Dimitri?
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O recomeço...
Isabella Duarte Ricci Desperto com o peso confortável de um braço em torno da minha cintura e o som suave da respiração de Dimitri atrás de mim, constante, confiável como eu precisava que fosse. O peito se aquece; não de euforia, mas de uma serenidade nova. Solto-me devagar, visto a camisa dele que encontrei no tapete e caminho até o bercinho da Bella, que dorme enroscada num casulo de algodão, lábios entreabertos, expressão de quem confia no mundo. Penso nos meninos, na mansão ainda adormecida, e num futuro em que não precisaremos dividir lares.Ouço passos hesitantes. Viro-me: Dimitri está atrás de mim, me abraça e eu olho para o cabelo bagunçado dele.— Achei que você... — ele começa, mas a voz falha.— Shh. Vem cá — peço.Ele se aproxima; seguro suas mãos. Sinto um leve tremor.— Fiquei com medo de que não estivesse aqui, e tudo tivesse sido apenas um sonho.— Vou te dar uma chance, Dimitri. Uma. Vejo os ombros dele cederem num suspiro entre alívio e responsabilidade.— Mas voc
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Recomeços não são fáceis...
Isabella Duarte Ricci Depois de ajeitar Bella no bebê-conforto e conferir pela terceira vez se o carrinho estava no porta-malas, seguimos em direção à mansão. Os meninos já estariam lá, sob cuidados da babá, esperando por nós. O caminho é tranquilo, mas o silêncio entre mim e Dimitri pesa de um jeito diferente: não como uma ausência, mas como uma construção silenciosa, tijolo por tijolo. Quando chegamos, a babá nos recebeu sorridente, dizendo que os meninos dormiam profundamente. Agradeço e pego Bella nos braços, ansiosa para colocá-la também para descansar. Mas assim que atravesso a sala, dou de cara com Aurora. Ela estava de pé, braços cruzados, apoiada no batente da porta, olhos fixos em mim. Na expressão dela, a fúria misturada com dor quase me faz recuar. Dimitri, percebendo a tensão, apenas murmura algo sobre checar os meninos e desaparece no corredor. Então, Aurora ataca. — Você não pode estar falando sério, Isabella — diz, com um tom baixo, como se estiv
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Recomeçar não apaga o passado...
Isabella Duarte Ricci Meus dias começavam antes do sol nascer e terminavam tarde da noite. Amamentar três bebês exigia uma energia que eu nem sabia que possuía, mas por mais exaustivo que fosse, havia uma doçura silenciosa em cada momento. Bella era a mais calma, dormia mais do que os irmãos, e às vezes parecia me olhar como se compreendesse meu cansaço. Os meninos, por outro lado, eram tempestades em corpos pequenos: exigentes, barulhentos e adoráveis. Tive sorte. Minha mãe se mudou temporariamente para a mansão, em que eu passei a morar desde que tive os meus gêmeos, ela dividia comigo as madrugadas mais difíceis. Dimitri, apesar de seu jeito desajeitado no início, surpreendeu-me. Ele aprendia rápido. Sabia preparar a mamadeira que a Mônica me ajudava a tirar o leite da bomba para que eu começasse a descansar mais e também por não dar conta de dar mama a três, caso acontecesse de se acordarem ao mesmo tempo. Dimitri fazia questão de trocar fraldas e passava horas andando de um
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