MIRELLAUm único propósito. Era o motivo de ter vindo de tão longe para o castelo: conhecer o supremo das lendas e me tornar a sua Luna Suprema.Mas não podia ter saído pior. Caius não me disse que ele já tinha uma companheira de alma e sangue, seja lá o que isso realmente significasse para quem os tem.Agora mesmo, não sabia o que significava algo assim. E jamais saberia, se dependesse do oráculo da nossa alcateia.Minha previsão já havia sido feita. E ali, com os joelhos encostados no corpo, enquanto eu os abraçava feito uma criança desamparada, vendo o sol nascer pela última vez, pensava ainda mais nas palavras daquele velho.Naquela época, ele olhou no fundo dos meus olhos e disse para a filha do alfa que ela não teria chance de viver com seu companheiro de alma. Que eu nunca saberia o que era aquilo. O que era viver o amor ao lado do meu verdadeiro companheiro.No início, eu não compreendia. Mas desde que a verdadeira companheira do Supremo chegou… eu vejo como os olhos dele só s

MIRELLANão conseguia entender como alguém desconhecido mexia tanto comigo. Jamais acreditei que isso era o famoso laço entre companheiros.Somente ouvir a voz dele já me deixava eufórica, porém, também ocorria um misto de sensações por causa da situação.Eu estava condenada e agora muito arrependida. Não fazia mais sentido o que eu tinha vindo buscar. E isso não me salvaria a vida apenas por ter encontrado meu companheiro e, com isso, decidir viver a vida com ele e para ele.Por um milésimo de segundo, ou por horas, eu me encontrava picando o pão de alho no meu prato, enquanto pensava no futuro que nunca chegaria.Sonhando acordada com o meu parceiro sem rosto. Se eu não tivesse feito tudo que fiz desde que cheguei, poderíamos mesmo ter vivido tudo que pensei desde o momento em que deixei aquele corredor para trás…Muriel e a outra empregada trazida da nossa alcateia me encaravam com preocupação. Mas nenhuma se atreveu a perguntar nada.Eu queria bater minha testa naquela mesa e me i

EULÁLIA Tudo virou o completo silêncio, era apenas a voz dele e sua imagem vestida de negro, um manto longo quase alisando o chão se aproximando. — Pelo visto, terei que estampar em algum lugar a posição dos membros do conselho em relação aos mais próximos de mim. — o supremo encarou os membros do conselho. — Ou acreditam que são mais próximos de mim do que meu ômega? Murmuraram em resposta, palavras envergonhadas como pedido de desculpas. — Não escondam suas preferências pelas posições mais altas, por medo. — Um sorriso estranho adornou o rosto de Wulfric. Não era verdadeiramente um sorriso. Seus olhos nunca riram. Era uma ameaça que poderia assustar mais que a expressão séria de antes. — Talvez eu conceda uma posição maior acima de suas cabeças. — o ar pareceu congelar de acordo com o movimento dos lábios dele. Todos ali sabiam que seria impossível ter uma posição assim. O que mostrava, na realidade, que ao que ele se referia era sobre arrancar cabeças e pendurá-las e

EULALIA— A casa Velkan não será responsável por nenhum de vocês. Estão aqui como traidores e uma alcateia inteira não pode ser penalizada pelo egoísmo de suas decisões.Todos prestavam atenção em mim, não vacilei, eu estava confiante, não apenas por gostar daquela sensação de dominância, mas por ter meu companheiro ao meu lado.— A casa Velkan terá um novo dono… — anunciei que outro lobo seria posto no lugar de alfa.Assim como ressaltei que os acompanhantes de Mirella seriam castigados, todos, menos as duas empregadas, que sequer poderiam estar ali dentro por notavelmente não ter nada a ver.Reymond quase derreteu de alívio, e eu quis rir disso, porém continuei…— Caius e Mirella estão sendo sentenciados à morte dolorosa de suas liberdades, depois de suas alegrias arrancadas com a dor. E por fim o desfecho da vida.Aquela foi a sentença. Agora tudo deveria ocorrer como todo julgamento. Então Mirella, Caius e os demais lobos foram levados para fora do salão para cumprir suas devidas

REYMOND[Aviso: Contém cenas de despedida, sofrimento físico e emocional, e a iminência da morte.]O sorriso no rosto dela diminui até sumir.— Eu jamais iria poder ir com você. — reforço com certa seriedade.— Eu entendo. É o ômega do supremo. Eu jamais pediria isso. — novamente sorriu para mim, me aquecendo por dentro.— Nunca pediria para que permanecesse apenas por mim. Acabamos de nos conhecer, você nasceu e cresceu lá, estudou e plantou momentos bonitos com sua família. E esse era o momento de colher os frutos…— Como sabe que cresci lá? — a pergunta dela me faz coçar a nuca envergonhado.Acredito que ela conseguiu ver as minhas bochechas corando, pois levou uma mão aos lábios sorrindo com divertimento, como se tivesse acabado de comer algo muito gostoso e agora seu corpo estava muito satisfeito.— Eu pesquisei. — não tinha palavras melhores.Sua mão foi parar atrás das costas, supus que ela entraria no quarto naquele instante, não satisfeita por ter sido espionada por mim.— Va