WILLIAM
Dizem que, quando você encontrar seu par, ele terá um cheiro semelhante ou totalmente contrário ao seu.
E eu já havia sentido isso antes. O cheiro de chuva, de brisa. Eu sabia exatamente quem era. E isso me fez apertar ainda mais a maçaneta, travando a porta.
Eu só cheirava a sangue, e ela não precisava disso. Baixei o olhar para minha camisa quase manchada de sangue. Por um momento, pareceu que tudo poderia ser tão simples.
Minha morte, meu destino. E agora, o que ela estava fazendo aqui?
A pessoa do outro lado segurou a maçaneta com pressa. Tentou girar, mas não conseguiu. Eu a impedi. Mesmo estando fraco, ainda conseguia ao menos aquilo.
Ela não se deu por vencida e bateu na porta, a princípio com pouco barulho, ciente de que eu estava ali.
— Abra essa porta!
“Sempre mandona. Você foi assim desde criança.” Apertei a mandíbula.
Wulfric não lembrava, mas ele havia me mandado uma vez para a casa Velkan. Foi aí que a conheci. Desde então, a deixei sob vigília.
Não havia começad